22 álbuns de 2022 que merecem uma palavrinha
Falar de álbuns extensivamente em 2022 é fruto de amor, suor e muita dedicação. Nem sempre é possível dar-lhes a atenção merecida, mas talvez se lhes dermos um abraço breve, mas intenso, faremos alguma justiça por eles. Aqui fica a tentativa disso, ou o recap musical do escriba dos últimos sete meses:
The Weekend- Dawn FM
O álbum mais dançável de Abel Tesfaye à data, que funciona como o reverso luminoso do anterior After Hours (2020) e o equivalente a Off the Wall (1979) na discografia do músico canadiano. Oneohtrix Point Never, Max Martin ou Oscar Holter produzem e Tyler, the Creator e Lil Wayne fazem uma perninha, num disco que pretende ser uma espécie de purgatório radiofónico com ecos de synth pop via 80s, new wave, funk, disco, city pop, boogie, electro ou techno. Consegue ser mais homogéneo que o seu antecessor, mas com singles menos sonantes. A sobrexposição de Abel - em actividade contínua há cerca de três anos - afecta de certa forma a fruição plena de um álbum que até tem razões de sobra para ser celebrado.
Pontos altos: "Less than Zero", "Sacrifice" e "Out of Time"
FKA Twigs- Caprisongs
Depois de anos afastada das edições musicais por motivos de saúde, FKA Twigs não mais parou desde a edição de Magdalene (2019), entre singles desse mesmo álbum, colaborações, contribuições para bandas-sonoras e singles avulso. Na aurora de 2022, caiu-nos no colo Caprisongs, mixtape de dezassete canções que encontram a sua autora no estado mais solar, liberto e acessível de sempre, assistida por El Guincho, Cirkut, Arca, Mike Dean ou Fred - também o leque de estetas mais variado que já reuniu - e ladeada por nomes como The Weeknd, Shygirl, Daniel Caesar ou Jorja Smith. Há momentos pop ("Tears in the Club"), art pop ("Ride the Dragon"), R&B ("Oh My Love", "Careless"), afrobeat ("Jealousy"), dancehall ("Papi Bones") ou hyperpop ("Pamplemousse"), de maneira que Caprisongs funciona quase como uma retrospectiva de carreira com novos e entusiasmantes caminhos.
Pontos altos: "Jealousy", "Tears in the Club"e "Ride the Dragon"
Years & Years- Night Call
Terceiro disco da vida do projecto Years & Years, mas o primeiro a solo de Olly Alexander, com a saída dos outros dois membros de cena. Talvez seja o álbum menos substancial até aqui editado, sem a verve do primeiro e a coesão lírica e sónica do segundo: o trio inicial é arrebatador, mas depois perde força até ao fim da primeira metade ("Crave" e "Sweet Talker" deviam ter sido substituídos pelo tema-título e "Sooner or Later" na campanha de singles). Na segunda metade, destacam-se a pop-R&B espacial de "20 Minutes" e o canto de sereia de "I See You Again". Seja como for, a voz suculenta de Olly continua a ser um deleite auditivo.
Pontos altos: "Starstruck", "Consequences" e "Sooner or Later"
Foxes- The Kick
Inspirada pela onda disco dos anos 20 que viu contemporâneas suas a entregar monumentos pop como Future Nostalgia (Dua Lipa), What's Your Pleasure? (Jessie Ware) ou Disco (Kylie Minogue), Foxes cessou um hiato discográfico de seis anos com um imenso exercício dance pop que almeja ao campeonato pristino e nostálgico alcançado por Carly Rae Jepsen com Emotion (2015). Resultado: este é o melhor disco entregue por Louisa Allen, com algumas das suas melhores criações líricas e sónicas dentro. Não se pode pedir melhor quando todas as faixas pedem estatuto de single, certo?
Pontos altos: "Sister Ray", "Forgive Yourself" e "Sky Love"
Avril Lavigne- Love Sux
É uma boa altura para se ser Avril Lavigne. O pop punk está de regresso às tabelas, a nova geração idolatra-a (de Billie Eilish a Olivia Rodrigo) e passam duas décadas do arranque da sua actividade discográfica. Isto para dizer que, não sendo um álbum formidável, Love Sux é a melhor versão possível de Miss Lavigne em 2022: do furibundo início com "Cannonball", o skate punk de "Bois Lie" com Machine Gun Kelly e o emo nostálgico de "Bite Me", passando pelo riff supersónico do tema-título com energia de cheerleader, o cruzamento entre Blink-182 e Paramore de "Kiss Me Like the World Is Ending" ou "F.U.", até ao bombástico final de "Break Of a Heartbreak": quanta voragem, energia e avidez! Ninguém esperava que Avril soasse melhor aos 37 do que aos 27 - venha a ela a glória merecida.
Pontos altos: "Cannonball", "Love Sux" e "Bite Me"
Ella Henderson- Everything I Didn't Say
Com a breca se este não é o melhor regresso das cinzas da pop britânica dos últimos anos. Oito anos separam este Everything I Didn't Say do debute de Ella: depois de quebrar laços com a Syco e abrandar criativamente, reconstruiu a carreira a par e passo com colaborações acertadas e singles em nome próprio que provavam que a sua história no estrelato estava longe de terminar. Enquanto a produção do álbum poderia ser mais focada, é a voz monumental e a vulnerabilidade de Ella Henderson que se revelam o triunfo e o factor repetível do disco. No futuro, maior concisão na hora de escolher o alinhamento, com menos baladas e mais investidas upbeat da lavra de "What About Us", "Emotions" ou "Good Things Take Time", poderão produzir melhores resultados.
Pontos altos: "Brave", "What About Us" e "Everything I Didn't Say"
Charli XCX- Crash
Mother XCX decidiu encerrar a sua obrigação contratual a uma major cometendo o pecado capital da pop, que é como quem diz, vendendo-se às massas através de uma era recheada de imaginário femme fatale, coreografias elaboradas, vídeos de orçamento chorudo e jóias dance pop ostensivas que revisitam os anos 80 ("New Shapes" ou a vénia a Janet do sensualão "Baby") e a década de 90 (presente num "Beg for You" com travo a garage ou na infalível recordação europop de "Used to Know Me"). É um facto que este não é o projecto mais audaz de Charli à data, mas sabe bem colocar o vanguardismo no banco de trás por um minuto e sucumbir ao que de bom a pop de massas pode oferecer. E XCX fá-lo como ninguém - out with a bang.
Pontos altos: "Baby", "Used to Know Me" e "Beg for You"
Rosalía- Motomami
A colecção de singles que Rosalía lançou entre 2019 e 2021 dava para encher um álbum, mas não seria bem um disco da catalã sem a sua dose de arrojo e experimentação. Motomami atesta bem o amadurecimento e a chegada da sua intérprete ao topo do mundo, com mais camadas sónicas e líricas que o anterior e também conceptual El Mal Querer (2018). Do reggaeton alternativo com secção jazz de "Saoko", passando pela bachata serpenteante de "La Fama", a disruptiva balada gráfica "Hentai", o chiptune de "Bizcohito", o electro-reggaeton de um "Diablo" com o condão de James Blake, o cyberpunk titubeante de "Cuuuuuuuuuute", o dembow minimalista de "La Combi Versace" ao canto de sereia lúcida do derradeiro e belíssimo "Sakura" - aqui está um dos grandes discos de 2022.
Pontos altos: "Hentai", "Cuuuuuuuuuute" e "Candy"
Camila Cabello- Familia
Muito possivelmente o título mais fraco desta lista: ainda não foi desta que Camila fez um álbum coeso do início ao fim, apesar de se suportar na sua herança genética para lhe dar mote. Os singles são fantásticos, efectivamente: "Don't Go Yet" é uma comunhão de pop latina e salsa, "Bam Bam" uma celebração da adversidade em tons tropicais, "Psychofreak" inaugura um qualquer filão de emo-latino com a sua toada hip hop a versar sobre a disconexão com a realidade e "Hasta los Dientes" uma divertida investida disco-hispânica. O problema é que pouco mais há de interesse no resto do alinhamento, à excepção do ritmo cálido de "Celia" e da experiência mariachi de "La Buena Vida". Precisa-se urgentemente de risco e inovação.
Pontos altos: "Psychofreak", "Don't Go Yet" e "Celia"
Lizzy McAlpine- Five Seconds Flat
Uma bonita surpresa, este segundo álbum da norte-americana Lizzy McAlpine, 22 anos, que se estreou há quatro com o EP Indigo. Colega de casa (leia-se editora) de Tom Misch, Laura Marling ou Rex Orange County, e algures entre a prosa detalhada de Olivia Rodrigo, o feitiço vocal de Billie Eilish ou o travo alternativo de Clairo, Lizzy move-se numa indie folk orelhuda que vai beber também à pop, ao jazz ou ao R&B. Da devastidão emocional do fúnebre "Doomsday" e da belíssima "Ceilings", passando pelos exercícios upbeat desconstrutivos de "An Ego Thing" ou "Orange Show Speedway" e pelo céu cinzento que desaba em bátegas de "Firearm", até aos memoráveis duetos com Ben Kessler ("Reckless Driving") e Finneas ("Hate to Be Lame"), Five Seconds Flat está pejado de canções convidativas e de grão na asa.
Pontos altos: "Doomsday", "Erase Me" e "An Ego Thing"
Anitta- Versions of Me
Outro caso de disco que funciona quase como um best of. O título não engana, visto que encontramos todas as facetas que tornaram a Rainha do Brasil num nome ubíquo em todo o planeta, desdobrando-se em investidas em português, espanhol e inglês, quer celebrando as suas raízes de funk ("Me Gusta", "Faking Love") aprimorando receitas latinas (vivemos para o mix up colossal de "Gata" e para o requebranço sensual de "Maria Elegante") ou afiando garras nas mais sofisticadas produções pop e R&B (louvores a "Boys Don't Cry", "Love You", o tema-título ou "Girl from Rio"). De onde poderá Anitta seguir daqui ninguém sabe, mas o certo é que o seu presente nunca foi tão entusiasmante.
Pontos altos: "Gata", "Envolver" e "Versions of Me"
Sigrid- How to Let Go
Três anos depois do debute, aí está o segundo disco da norueguesa de voz granítica, igualmente competente, mas um tanto menos encantador que a primeira obra. As canções são menos inventivas e consequentemente mais aborrecidas, mas há espaço para synthpop espacial em "It Gets Dark", inclinações rock em "Bad Life", brincadeiras disco em "A Driver Saved My Night" e a canção-combate que é "Mirror". Talvez se aconselhe uma mudança de equipa ou maior tempo de maturação para a próxima tentativa.
Pontos altos: "Mirror", "It Gets Dark" e " A Driver Saved My Night"
Florence and the Machine- Dance Fever
Depois de um álbum mais introspectivo e minimalista, é o regresso de Florence e a sua máquina ao estado opulento, expansivo e maximalista que mais aclamamos. Concebido e criado em plena pandemia, Dance Fever é um disco de catarse e cura em plena reabertura da sociedade pós-Covid, construído em parceria com Kid Harpoon, Jack Antonoff e Dave Bayley, o timoneiro dos Glass Animals, que ora vai buscar os elementos góticos e grandiloquentes de Ceremonials (2011), a urgência e a progressividade de How Big, How Blue, How Beautiful (2015) e até a contemplação do último High as Hope (2018), quase como uma retrospectiva de carreira. Esta é uma banda no pináculo das suas capacidades artísticas, a entregar-nos exactamente aquilo que merecemos.
Pontos altos:"My Love", "Heaven Is Here" e "The Bomb"
Everything Everything- Raw Data Feel
E ao sexto álbum, o quarteto de Manchester continua a merecer o estatuto de banda britânica mais desafiante e audaciosa do seu tempo com um novo trabalho que explora a forma como nos suportamos na tecnologia para lidar com o caos e a angústia do dia-a-dia, com o vocalista Jonathan Higgs a colocar desta vez as suas teorias e ideologias socio-políticas em segundo plano, utilizando antes personagens para as veicular. Raw Data Feel conta também com os préstimos de uma inteligência artificial - denominada Kevin - que contribuiu com 5% das letras para o disco - impressionante, não? Os singles estão entre os mais sonantes que já ouvimos do seu catálogo, e momentos como "Leviathan", "HEX", "Cut UP!" ou "Software Greatman" mantêm vivas a premissa do disco e o estado iluminado destes rapazes.
Pontos altos: "Bad Friday", "I Want a Love Like This" e "Pizza Boy"
Harry Styles- Harry's House
Não há melhor serão do que uma manhã, tarde ou dia inteiro passado na acolhedora mansão de Harry Styles. O extravagante mas sempre autêntico Príncipe da Pop contemporânea abre-nos as portas da sua mente e lá encontramos o seu álbum mais introspectivo, mas também mais acessível à data, com apontamentos de pop-funk ("Music for a Sushi Restaurant", "Cinema", "Daydreaming") synthpop ("As It Was"), R&B ("Late Night Talking", "Keep Driving") ou melancolia folk ("Matilda", "Boyfriends") e sem incursões de cinco ou seis minutos como nos vinha a habituar (a canção mais longa conclui-se aos 4:05). O charme é irresistível e o culto adensa-se, mas neste momento Harry pode dar-se ao luxo de fazer a música exactamente que quiser, que o público vai atrás.
Pontos altos: "Daydreaming", "Music for a Sushi Restaurant" e "Daylight"
Christina Aguilera- Aguilera
Anunciado inicialmente como um projecto dividido em três EPs, a primeira incursão de Xtina pela língua de nuestros hermanos em vinte e dois anos já deu origem ao seu nono álbum de estúdio - aparentemente ainda em construção viva - sendo constituído pelos já conhecidos capítulos La Fuerza e La Tormenta. A prestar homenagem às suas raízes latino-americanas, o disco não deixa género latino por explorar: da guaracha avassaladora de "Pa Mis Muchachas", do reggaeton de "Ya Llegué", à cumbia de "Santo" com Ozuna, passando pelas baladas "Somos Nada", o tango sensual de "Suéltame" com Tini, a toada tropical de "Te Deseo Lo Mejor", até às rancheras formidáveis de "La Reina" e "Cuando Me Dé la Gana", quase sempre com pontaria e fervor. Porque é que lhe demorou tanto tempo a repetir a experiência, mesmo?
Pontos altos: "La Reina", "Como Yo" e "Pa Mis Muchachas"
Tove Styrke- Hard
Álbum nº4 para a sueca mais über-cool do pedaço, que novamente em menos de trinta minutos volta a dar uma masterclass de concisão e mestria pop. Uma vez mais, não há skips, fórmulas esbatidas ou momentos de tédio: cada canção é um potencial single e o factor repetível é imenso. Mais importante ainda, há espaço para tentar novas abordagens: afrobeat em "24H", disco-funk pristina em "Start Walking", soft rock na jinga avassaladora de "Show Me Love"ou electropop abrasiva em "Hardcore". A prova de que nem só com Robyn ou Tove Lo se conta o extraordinário estado da nação sueca na modernidade.
Pontos altos: "Hardcore", "YouYouYou" e "Start Walking"
Foals- Life Is Yours
Três anos após o díptico Everything Not Saved Will Be Lost, o agora trio de Oxford lança o seu disco mais solar, eufórico e dançável à data, conjunto de canções dance-rock de trote disco, desenhadas como escape aos sucessivos confinamentos a que a pandemia nos atirou. Um passo arriscado para uma banda com quase quinze anos de actividade e afiliação ao indie rock mais musculado, mas que acaba por compensar. Nunca os Foals se viram tão rodeados de singles evidentes: de "2am", "Looking High" a "2001", aos potenciais "Under the Radar", "The Sound" e o delicioso tema-título. Se só temos uma vida, que seja feita de riscos - e a dançar, de preferência.
Pontos altos: "2001", "Under the Radar" e "2am"
Rae Morris- Rachel@Fairyland
Rae Morris continua o seu fabuloso destino com um terceiro álbum que soa a uma Mary Poppins em ácidos - elogio para uma obra pop das margens repleto de tonalidades, extravagâncias, peripécias domésticas e umas quantas pérolas. É notório o crescimento da tímida cantora ao piano com voz de cristal, para a peculiar cantautora que se diverte a fazer experiências de laboratório com o marido cientista Fryars ("Low Brow", "Go Dancing", "Running Shoes" e "In the Wild" são prova disso). Este é também o primeiro álbum que edita na independência e depois de ter sido mãe da pequena Marla, no ano passado. Quão bonito e comovente é vê-la a tornar-se nesta versão expedita, mirabolante e genuína de si mesma.
Pontos altos: "No Woman Is an Island", "Go Dancing" e "In the Wild"
Lizzo- Special
Se Special é um álbum competente? Pois concerteza que sim. Se Lizzo estava numa posição que lhe permitia arriscar bem mais do que isto? Igualmente, sim. A personalidade radiante e o carisma imenso estão lá todos. Bem como os produtores de renome - de Max Martin, Ricky Reed, Ilya, a Pop Wansel, Benny Blanco, Ian Kirkpatrick ou Mark Ronson - mas na verdade existe até uma ligeira recessão face ao anterior Cuz I Love You (2019). Mantém-se a receita vencedora de pop, hip hop e R&B, mas adicionam-se inflexões funk e disco, presentes em canções como "About Damn Time", "2 Be Loved (Am I Ready)", "Everybody's Gay" ou "If You Love Me", o que é suficiente para a manter como força comercial, mas não como agitadora de águas ou consciências como aconteceu há três anos.
Pontos altos: "2 Be Loved (Am I Ready)", "About Damn Time" e "Special"
Mabel- About Last Night...
Estava difícil para o segundo álbum de Mabel ver a luz do dia. Não por falta de direcção ou produtividade: cedo se percebeu que "Let them Know", o avassalador primeiro single, ditaria a toada disco/dance pop do projecto. Parece mais que a editora procurava uma certa tracção comercial que não chegou a existir, até porque não é Dua Lipa quem quer. Outro produto da necessidade de libertação e expansão pós-covid, About Last Night... guia-nos por uma noite de prazeres hedonistas onde se cruzam antigos e novos pretendentes, sempre com a pista de dança como denominador comum. Os singles são exímios, a atmosfera nostálgica e escapista é capturada na perfeição e não há temas dispensáveis a apontar, mas no fundo parece que Mabel continua a trabalhar aquém do seu verdadeiro potencial.
Pontos altos: "Let them Know", "Overthinking" e "Let Love Go"
Sabrina Carpenter- Emails I Can't Send
Sabrina Carpenter começou a fazer música muito novinha - basta lembrar que este é o seu quinto álbum e ainda agora cumpriu 23 primaveras. Mas para todos os efeitos, Emails I Can't Send soa ao seu primeiro álbum, ou pelo menos ao primeiro projecto em que assume voz autoral e controlo criativo. Basta ouvir o tema-título, torrente emocional de desabafos ao piano e cordas em menos de dois minutos para sentir que Sabrina está na plenitude das suas faculdades. Movida tanto pelo seu crescimento e amadurecimento em Hollywood, como pelo Oliviagate, sentimos a força das canções em momentos alt pop como "Skinny Dipping" ou "Tornado Warnings", a power pop de "Vicious", a crónica de linchamento social de "Because I Liked a Boy", ou a folk progressiva de "Already Over" ou "Bad for Business". No topo de tudo, a perfeição pop de "Read Your Mind" e "Fast Times", provam que é mais do que tempo de Sabrina escalar até à primeira liga do mainstream.
Pontos altos: "Read You Mind", "Fast Times" e "Emails I Can't Send"
E não, se é que se estão a perguntar por Renaissance de Beyoncé neste momento, é porque não merece (só) uma palavrinha, mas todo um texto de reflexão a seu respeito. Por isso, aguentem esse cavalo discotástico e ponham a colheita de 2022 em dia até lá.
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