Sons Frescos #2

Na secção dos frescos, encontramos as seguintes canções:



1) Britney Spears ft. G-Eazy- "Make Me..."- Há muito que Britney não nos dava um single tão sensacional e alheado da centrifugadora EDM em que havia mergulhado. Sai will.i.am (thank you, sweet lord) e entra o quase anónimo Burns, para uma etérea e sedutora mescla de pop electrónica com travo a R&B e chillstep a recapturar a ambiência de "Touch of My Hand" ou "Showdown" de In the Zone (2003). 

2) Metronomy ft. Robyn- "Hang Me Out to Dry"- Concebida no decorrer dos trabalhos de English Riviera (2011) e apenas terminada a tempo de figurar no novíssimo Summer 08, "Hang Me Out to Dry" soa ao melhor que o quarteto britânica assina desde "The Bay": synthpop pulsante e elástica com uma sempre irrepreensível Robyn a bordo. É tudo o que este Verão precisa. 

3) Demi Lovato- "Body Say"- Um ano depois da emancipação artística ao som de "Cool for the Summer", Demi Lovato mimetiza a arqui-rival Selena Gomez numa sedutora construção synthpop/R&B similar a "Good For You" que a manterá à tona, mas que não será a tal capaz de a levar à liga das "crescidas". 

4) Katy Perry- "Rise"- Miss Perry pode ter desperdiçado a oportunidade de uma vida ao quebrar o hiato com um inédito criado para os Jogos Olímpicos 2016 que reduzirá o impacto da chegada de uma nova era discográfica ainda este ano. Imperial e absolutamente triunfal, "Rise" é a versão apocalíptica de "Roar" combinada com a ambiência mística de "E.T." ou "Dark Horse" - eficiente, mas com curto prazo de validade. 

5) White Lies- "Take It Out On Me"- Valham-nos os White Lies quando os The Killers estão em pousio. Cartão de visita de Friends, o 4º LP da banda britânica, segue no mesmo caminho de "There Goes Our Love Again" - influências de Ultravox, The Cars e A-ha como se a década de 80 nunca tivesse ido embora. 

6) Nelly Furtado- "Behind Your Back"- Retirada da vida artística desde a edição de The Spirit Indestructible (2012), a luso-canadiana volta a mover as engrenagens com este inédito funky/bass music em embrulho de pop alternativa. Serve de "aperitivo" ao seu sexto álbum de originais esperado ainda este ano.


7) James Vincent McMorrow- "Rising Water"- JVM não é decididamente um artista conservador. Da folk de Early In the Morning à soul electrónica de Post Tropical, perdura sempre um enlevo para com as texturas sónicas e líricas. "Rising Water" é um encontro entre Prince, James Bay e as manas Haim - indie pop/folk em embrulho neo soul. Fará clique eventualmente.

8) Tinashe- "Superlove"- Não dá para compreender como o mundo ainda não se rendeu a Tinashe, mas é perceptível que está empenhada em conquistar o seu espaço. "Superlove" leva-a a mínimos de criatividade: um exemplar de pop mascarada de R&B sincopado reminiscente de trabalhos de Janet Jackson e Ciara. Convém não descer mais a bitola.

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