O percurso de Alexandra Burke em 5 canções

 


Conhecemo-la em 2008 enquanto vencedora da 5ª temporada do The X Factor britânico, assistimos ao seu início de carreira fulgorante, para depois a vermos desvanecer como tantas outras glórias antigas do programa de Simon Cowell. O que fez e onde pára Alexandra Burke, para descobrir nas linhas seguintes:

"Bad Boys", Overcome (2009)

Depois do single de consagração que a levou ao topo da tabela de singles britânica no rescaldo da vitória no talent show, Alexandra Burke voltava ao nº1 no ano seguinte com o seu primeiro single a valer, um híbrido electro-R&B moldado na forma e urgência de "Womanizer" de Britney, combinado com a voz titânica de Whitney Houston e servido com um vídeo para lá de arrasador. Não havia como falhar o alvo.


"Start Without You", Overcome (2009)

Após mais dois singles de top 10 ("Broken Heels" e "All Night Long"), o plano passou por conceder ao disco de estreia uma reedição: foi assim que nasceu "Start Without You", uma convidativa infusão de reggae, pop, R&B e dancehall com marca autoral do então omnipotente RedOne, que lhe deu o seu terceiro nº1 em Inglaterra.


"The Silence", Overcome (2009)

Bem embrenhada na campanha promocional de Overcome por esta altura, era notório que Alexandra estava a operar alguns furos abaixo das suas capacidades. "The Silence", um baladão divinal na melhor tradição de Whitney ou Toni Braxton, talvez tenha aguardado demasiado tempo para ser single. Não que tivesse prejudicado a performance do disco, mas por ser a representação mais fiel da artista pela qual a nação inglesa se apaixonou.


"Let It Go", Heartbreak on Hold (2012)

As coisas começaram a correr menos bem com o álbum nº2, contaminado com a dance pop e EDM então em voga na época. O arranque até foi vistoso com o top 3 alcançado por "Elephant", mas o seu sucessor, um dinâmico exemplar de house/dance pop noventista levado à letra com um vídeo muito livre, leve e solto captado no subsolo londrino, quase falhou o top 40. Daqui, nunca mais recuperaria o embalo comercial.


"Shadow", The Truth Is (2018)

Depois da cisão com a Syco e a RCA Records, Burke editou dois EPs na independência, até que em 2014 se juntou à companhia de produção do West End para levar à cena The Bodyguard, no papel que Whitney Houston eternizou no cinema. E após também ter protagonizado o musical de Sister Act, assinou em 2017 com a Decca Records, subsidiária da Universal, para editar o seu terceiro álbum de estúdio, mais focado nas suas inspirações R&B, country e soul do que no estrelato pop, do qual este "Shadow" é o cartão de visita. 


Em 2018, a cantora retorna aos musicais do West End com participações em Chess e Chicago, e também à produção de The Bodyguard que se extende até 2020. Já este ano serve de narradora a Joseph and the Amazing Technicolor Dreamcoat e prepara-se para se estrear na Sétima Arte com uma personagem inspirada em Tina Turner. Ou muito nos enganamos, ou ainda não ouvimos o último canto de Alexandra Burke. 

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