Andava para escrever sobre isto #14

- Un, deux, trois, quatre! A nossa barbie alemã favorita regressa com uma maciça odisseia dance pop de quatro minutos e quarenta que assinala o seu primeiro lançamento sob o selo da Republic Records e que funciona como a versão evolutiva de "Sweet Spot", ainda com os mesmo pós house via Daft Punk e a assinatura de Dr. Luke. Muita fé nesta sua aparente subida de escalão - o futuro é agora. 

- Depois de um "All Me" tépido, as Boys World voltam ao topo do seu campeonato com a fúria adoçicada de "Something in the Water", sobre captar e não passar ao lado de potenciais flirts de Verão, que chegou em cheio na recta final da estação e resulta não só em perfeição pop, como no single mais forte do colectivo à data. Está tudo lá, só falta o apoio de uma major para que finalmente o público repare nelas. 

- É um pouco estranho que o melhor single de Shawn Mendes em dois anos não esteja a ter a recepção esperada, sinal da alienação do seu público e também de algumas mudanças a nível sónico e estilístico. Mas para a posteridade fica um single bem caloroso e singular no seu catálogo, que anuncia a despedida do Verão com aroma a paixão e liberdade. Guardemo-lo numa garrafa para mais tarde saborear. 

- If I Can't Have Love, I Want Power, é um dos álbuns mais intrigantes do ano, que vê Halsey a colaborar com membros dos Nine Inch Nails para criar uma obra conceptual de alt rock sobre feminismo, patriarcado ou misoginia, retratada numa ambiciosa longa-metragem de Colin Tilley. "I Am Not a Woman, I'm a God" é o titubeante cartão de visita. 

- O comboio das Little Mix não abranda tão cedo. Embaladas pelas comemorações do décimo aniversário da banda, anunciaram a edição de Between Us, a sua primeira retrospectiva de carreira, para 12 de Novembro, onde figuram dezoito dos seus hits e cinco inéditos, entre eles este "Love (Sweet Love)", híbrido pop-R&B samplado do tema homónimo de 2000 dos Morcheeba, em mais uma tour-de-force visual de Perrie e Leigh-Anne em final de gravidez.