Três notas sobre "Drivers License"

 


O primeiro grande boom do ano explicado em três pontos:

1) Até há menos de duas semanas, Olivia Rodrigo era só um dos novos (mas discretos) valores da Disney, tendo-se notabilizado em 2019 na série High School Musical, o reboot televisivo do popular filme. No ano passado assinou com a Interscope e a Geffen Records, e a 8 de Janeiro último lançou o seu primeiro single, tendo a sua vida mudado drasticamente da noite para o dia.

2) A canção originou um número absurdo de streams na sua primeira semana de lançamento, batendo recordes detidos por gigantes como Drake, Ariana Grande ou Ed Sheeran e levando o próprio Spotify a emitir um comunicado reconhecendo o feito incrível e inédito que uma estreante como Olivia havia alcançado. O single chegou a nº1 nos EUA, Inglaterra, Irlanda, Austrália, Nova Zelândia, Noruega e Holanda e não dá sinais de ter sido um caso de sucesso momentâneo - é o primeiro grande hit do ano com pernas bastante compridas.

3) Misto de Billie Eilish, trejeitos de Céline, prosa Swiftiana e uma ponte que é inteiramente devedora de Lorde, "Drivers License" é um debute seguro mas não tão genial assim para justificar o sucesso esmagador que está a causar. Culpemos a habitual letargia pós-natalícia, acrescentemos-lhe um Janeiro demasiado fraco e sem competição alheia para suscitar fenómenos assim e a ânsia da indústria e do público em querer aclamar a próxima grande estrela teen depois de Eilish. Et voilà.

Ainda assim, já ninguém lhe tira o mérito de ter tido a melhor estreia de uma estrela Disney em mais de vinte anos, desde Britney Spears. E, verdade seja dita, aquela interpretação é especial e bonita. Miss Rodrigo, estamos de olho em si.

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