Andava para escrever sobre isto #16

- Borbulhante, hínica e maior que a vida. Assim é "Sky Love", a feel good song que faltava no catálogo de Foxes. É a sólida terceira amostra de The Kick, o álbum que Louisa Allen edita a 11 de Fevereiro próximo, e que se avizinha como sendo o mais livre e dançável por ela editado até agora. 


- É incerta a data de edição de Familia, o novo álbum que Camila Cabello deveria ter editado até ao final deste ano. Os singles continuam certeiros, a cumprir a honra das suas heranças latinas, mas sem a recepção comercial esperada. Veja-se o caso deste suculento "Oh Na Na", portento reggaeton ladeado pelos porto-riquenhos Myke Towers e Tainy, que nem na Rodésia está a ser hit. 


- Mina de ouro a brotar neste último semestre de 2021, a norte-americana Lizzy McAlpine esvoaça de forma notável no campeonato folk-pop para jovens adultos com este "Doomsday" tingido de desolação romântica e tristeza outonal. Muita atenção aos seus próximos passos.


- Charlie-Caroline-Chris. O reboot dos Anjos de Charlie telefonou e pediu o recast das suas protagonistas. Sumptuoso pedaço de synthpop com os 80s a perder de vista, "New Shapes" sucede ao mais ostensivo e sexual "Good Ones" na estrada para a edição de Crash, o quinto e último álbum que XCX editará pela chancela da Atlantic Records. Não somos dignos de um vídeo magnífico assim. 


- Quem esperava que um regresso de Avril Lavigne à pop punk dos anos 00 fosse tão bom, ponha esse dedo no ar. Culpemos "Good 4 U" de Olivia Rodrigo e "Transparent Soul" por trazerem o género de volta, mas sobretudo por darem a Avril o reconhecimento merecido e a oportunidade perfeita para uma recentralização musical. "Bite Me", com a mão de Travis Barker, é nostálgico, esfuziante e incisivo - rock on, queen Avril. 


- O culto em torno de Red era grande, mas a forma como a sua regravação se traduziu em números gigantes e em aclamação crítica universal, não deixa de ser impressionante. Melhor ainda, as canções do designado From the Vault são igualmente dignas, com destaque para este bombom corrosivo harmonizado com Chris Stapleton, bem ancorado na tradição country e ainda no diário que a breve relação com Jake Gyllenhall ajudou a construir. Um passo de saudosismo para a humanidade, outro passo de gigante para Taylor

Comentários

Mensagens populares