A segunda vida de 'Glory'

 


Em 2020 ouvimos falar muito de Britney, não pelas razões que queríamos, mas mais por conta da batalha judicial que trava com o seu pai pela tutela legal das suas finanças. Onde ficou a música no meio disto tudo?

Glory, editado em 2016, ainda não conheceu um sucessor, mas isso não impediu a cantora ou quem quer que esteja a controlar a sua carreira neste momento, de lhe injectar nova vida. No final de Maio, o seu 9º álbum de estúdio era alvo de uma reedição com direito a estonteante novo artwork e o aclamado "Mood Ring" - até então apenas disponível na edição japonesa - como single titular. 


Até aqui nada de muito arrojado, mas a revitalização do projecto não ficou por ali. A reedição do disco conheceu uma versão deluxe a 2 de Dezembro passado, no dia do 39º aniversário de Spears, e com ele tivemos direito ao inédito "Swimming in the Stars", uma espécie de balada electropop da lavra dos The Chainsmokers, que não destoaria de todo da actual configuração pop.

Mais surpreendente ainda, foi o facto de ter reservado um espacinho para a colaboração que já ninguém esperava e que há, pelo menos, duas décadas lhe pediam: em "Matches" escutam-se os outrora lendários Backstreet Boys, numa parceria que não move montanhas, mas que está bastante bem para o propósito de nostalgia e prazer instantâneo a que aspira.

Todo este material agora repescado deriva das sessões de gravação do álbum, mas acaba por ser uma forma bem conseguida de incidir uma nova luz sobre um dos seus projectos mais coesos da última década, bem como de confortar os fãs em relação à incerteza que paira quanto ao seu futuro musical. Que o seu 2021 possa ser bem mais conclusivo e determinante que este maldito ano que passou.

 
You got this, honey Brit.

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