2013: Um Balanço Sónico- Parte II

--As figuras--

Katy Perry

No último quadrimestre do ano avizinhava-se uma batalha pop no feminino "à antiga", com Lady Gaga, Britney Spears e Katy Perry a lançarem os seus singles de regresso e a digladiarem-se na arena como grandes vultos do mainstream que são. No final, e como manda a lei, apenas uma saiu vitoriosa - Katy Perry, who else? - que deixou a concorrência a milhas com "Roar", triunfante single de retorno e um dos sucessos mais retumbantes do ano que agora chega ao fim. Há cerca de 2 meses atrás editou o seu 4º álbum - Prism - e com ele vieram reflectidas todas as cores do arco-íris e mais uma fornada de hits-prontos-a-consumir que, a concretizarem-se, lhe darão um 2014 ainda melhor do que este último ano. Goste-se ou não do seu repertório (limitado, mas bastante apetecível), o certo é que o panorama musical precisa sempre de uma estrela pop que inspire e faça sonhar gerações - e Katy Perry foi quem melhor cumpriu, e bem, esse papel em 2013.

--As canções internacionais--

17º Calvin Harris feat. Ayah Marar- "Thinking About You", 18 Months

Para ser sincero, até eu estou espantado com a longevidade que este tema está a ter na minha vida. Ouvi-o pela primeira vez em Outubro do ano passado e desde logo se destacou como o momento mais arrebatador do álbum do DJ escocês, aqui muito bem acompanhado por Ayah Marar, o condimento que torna a canção tão apelativa. E o certo é que 14 meses depois, continua a fascinar-me tal como no primeiro dia. Só lamento este vídeo tão... abominável, porque, de resto, não me arrependo das muitas ocasiões em que a escutei. 



16º Vampire Weekend- "Diane Young", Modern Vampires of the City

Sempre fui uma espécie de ouvinte "toca e foge" dos Vampire Weekend, na medida em que gosto dos seus temas mas nunca me afeiçoei demasiado a nenhum deles. Até ao dia em que ouvi "Diane Young", provavelmente o single mais irresistível que alguma vez lançaram. As influências africanas ficaram lá atrás e deram lugar a um pedaço enérgico de surf rock/rockabilly (bem, pelo menos eu sinto essas influências) com efeitos vocais marados à mistura, assinado por Ariel Rechtshaid. No meio de tanta euforia, porém, esconde-se uma letra bastante obscura.



15º Mutya Keisha Siobhan- "Flatline"

As Sugababes são um dos grupos que mais marcaram a minha juventude e por isso foi de braços abertos que recebi a formação original - Mutya Buena (tão estranhadiferente que estás!), Keisha Buchanan (sabes que sempre foste a minha favorita) e Siobhan Donaghy (prazer em conhecê-la, acho que nos vamos dar bem) - quando lançaram "Flatline", pérola pop reluzente lapidada das mãos de Dev Hynes (vénia) e cujo valor o mundo não soube reconhecer. Tudo nele é cativante, mas é por volta dos 2 min e 15 seg que se dá uma das secções rítmicas mais bonitas de 2013, acompanhada por harmonias de topo. Faz sentido e é tão bom tê-las de volta.



14º Lorde- "Team", Pure Heroine

É dos temas mais recentes incluídos nesta lista e é fácil perceber o porquê - é o single mais extraordinário lançado por Lorde até ao momento, uma interessantíssima fusão de pop, rock, hip hop e electrónica combinado com a sua peculiar visão crítica. Tal como os anteriores singles, o que o torna especial é aquilo que representa - um valente testemunho de união e companheirismo numa sociedade que cada vez mais vive de costas voltadas. E em 2013 não houve outra equipa a que quisesse pertencer tão fervorosamente quanto esta. 



--Os álbuns--

Arctic Monkeys- AM

Tenho plena noção de que este álbum merece estar no top 3 de qualquer lista do género. Mas acontece que esta em particular é compilada de acordo com as minhas preferências pessoais, daí que tenha que ser fiel a mim mesmo e resistir a toda à potencial coolness que poderia resultar de uma classificação mais elevada. É um álbum excelente, este quinto tomo dos rapazes de Sheffield, dominado por uma elevada carga libidinosa e por uns quantos desvios de norma - hip hop, R&B, blues e soul - que tão bem resultam quando embuídos no rock cada vez mais musculado/viril de Alex Turner e companhia. A saber: é o melhor que editaram desde a fantástica estreia, o meu favorito deles e aquele que os confirma como a mais brilhante banda da sua geração.
Pontos altos: "Do I Wanna Know?", "R U Mine?", "Arabella" e "Snap Out of It" 

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