2013: Um Balanço Sónico- Parte IV

--As figuras--

7º

Arctic Monkeys

Os 4 rapazes de Sheffield assinaram, em 2013, um novo triunfo com a edição de AM, o 5º álbum de estúdio de uma carreira discográfica iniciada há 7 anos atrás. Considerado por inúmeras publicações como um dos melhores discos do ano (a NME atribuiu-lhe mesmo o lugar cimeiro no seu best of anual), AM viu os britânicos a assinar o seu melhor trabalho desde a inesquecível estreia, criando um álbum destemido, libidinoso e dançável, em que as guitarras e os ecos de Queens of The Stone Age convivem de forma sublime com um balanço R&B e hip hop, que não é costume encontrar em registos do género. É por essa mesma razão que neste momento todos olham para eles como uma das últimas grandes esperanças do rock. Pode-se por isso dizer que, em 2013, os Arctic Monkeys cumpriram, por fim, o seu destino - tornarem-se na melhor banda da sua geração.

--As canções internacionais--

13º Emeli Sandé- "Clown", Our Version of Events

É outro caso de longevidade. Trata-se do 5º single extraído do álbum da estreia em 2012 de Emeli Sandé e foi lançado na recta final desse mesmo ano, daí que seja legítimo incluí-lo aqui. Parece ser daqueles temas que habitam de forma permanente no meu subconsciente, estando repleto de significado. Para Emeli retrata as agruras dos primeiros tempos da sua carreira, enquanto que para mim serve de banda-sonora para os meus dias mais miseráveis e para que me lembre sempre de preservar a minha genuinidade. Vamos lá derramar uma lágrima ou duas.

12º Rihanna feat. Mikky Ekko- "Stay", Unapologetic

Não há um best of anual que se preze que não inclua Rihanna, que na verdade tem sido parte integrante da minha vida nos últimos 8 anos. "Stay" foi "a" balada que há muito tardava na sua carreira e aquela que dificilmente algum dia conseguirá superar - um honesto e vulnerável pedaço de pop emotiva que parece retratar na perfeição a turbulenta história de amor (?) que vive com Chris Brown. E tantas, mas tantas foram as vezes que cantei isto: acho que merecia um lugar no meu "Karaoke 2013- Top 3". Cantemos, então, com sentimento, uma última vez.

11º Daft Punk feat. Pharrell Williams- "Get Lucky", Random Access Memories

É impressão minha ou isto hoje está muito dramático? Não seja por isso. O meu 11º single favorito do ano puxa-vos para a pista de dança, com aquele foi o grande hit deste Verão (ex aequo com "Blurred Lines") e, possivelmente, o tema mais infalível de 2013, que com a sua toada disco/funk, a suculenta prestação vocal de Pharrell e a lendária guitarra de Nile Rodgers, fez dançar até o "pé-de-chumbo" mais desajeitado à face da terra. Daqui a uns anos, será com esta canção que 2013 será recordado. Benditos robots.

--Os álbuns--

7º London Grammar- If You Wait

Descobri o álbum de estreia dos London Grammar há pouco mais de um mês, quando o poderia ter feito há pelo menos três. Não tivesse sido esse pequeno pormenor, e neste momento garanto-vos que ocuparia um lugar no top 5. Porquê? Porque é o álbum mais belo que ouvi nos últimos 12 meses - povoado por angústias típicas de quem acaba de entrar na vida adulta, atmosferas trip hop, delicadamente tecidas, quase acústicas, que parecem ser a banda-sonora perfeita para o lusco-fusco que traz a noite por arrasto e, o melhor de tudo, canções emotivas e de grande intimidade, prodigiosamente interpretadas pela etérea voz de Hannah Reid, dona do aparelho vocal mais incrível que ouvi em 2013. Encontrei uma paixão para a vida.

Pontos altos: "Shyer", "Wasting My Young Years", "Strong" e "Nightcall"

Sigam-me no facebook, através da página oficial do blog.