Sons Frescos #6
A rentrée arranca generosa em novos lançamentos:
1) Bastille- "Send Them Off!"- Agora sim, começamos a ter argumentos de peso em cima da mesa. Descrito pelo vocalista como um encontro entre Otelo de Shakespeare e O Exorcista, "Send Them Off!" combina escrita audaciosa com saxofones, batidas insufladas derivativas do hip hop e parafernália alt pop. Wild World chega já esta sexta.
1) Bastille- "Send Them Off!"- Agora sim, começamos a ter argumentos de peso em cima da mesa. Descrito pelo vocalista como um encontro entre Otelo de Shakespeare e O Exorcista, "Send Them Off!" combina escrita audaciosa com saxofones, batidas insufladas derivativas do hip hop e parafernália alt pop. Wild World chega já esta sexta.
2) Zara Larsson- "Ain't My Fault"- Talvez lhe saia mais presunçosa do que inicialmente previa, mas pouco importa quando assinala o primeiro banger certificado da sueca que já discute o airplay com os nomes grandes do mainstream. Rihanna desdenharia por um tema assim, feito à medida do mercado americano. Certeiro e à prova de bala.
3) Alicia Keys- "Back to Life"- Ainda não há materialização à vista para as últimas faixas, mas elas continuam a surgir. Criada a propósito da nova película da Disney, Queen of Katwe, "Back to Life" inicia-se com a voz de veludo de Alicia ao piano, aumentando depois a passada para uma sincopada batida europop com a mesma entrega onírica. Boa surpresa.
4) Sampha- "Blood On Me"- O dotado vocalista que nos habituámos a escutar ao lado de SBTRKT ainda nos deve um primeiro álbum a solo. "Blood On Me" poderá devolver a cinética às engrenagens: um tema propulsivo que expressa alguma urgência e necessidade de apaziguamento por parte do seu autor.
5) Dua Lipa- "Blow Your Mind (Mwah)"- A emular a toada tropical house e a entrega incendiária do anterior "Hotter than Hell", o quinto single da britânica passa o teste da comparação à justa graças ao balaço disco do refrão e ao delicioso beijinho no ombro, o onomatopeico mwah. Pena que o disco de estreia só chegue em Fevereiro de 2017.
6) Bridgit Mendler ft. Kaiydo- "Atlantis"- E a concorrer para "melhor chapada musical do ano" temos Bridgit Mendler, que há quatro anos era dada como a próxima grande estrela Disney e agora regressa musicalmente irreconhecível, algures entre uma Selena Gomez em narcóticos e Imogen Heap dos sete mares. Antece a edição do EP Nemesis. Promete.
7) AlunaGeorge- "Mediator"- Aluna Francis e George Reid teimavam em explorar territórios dancehall e moombahton para o sucessor de Body Music, não necessariamente mais promissores que o R&B diluído em synthpop e garage da estreia. "Mediator" coloca-os no caminho de uma soul fumaçenta de Sade ou Jessie Ware e devolve-os às sedutoras produções downtempo.
8) Florence and the Machine- "Wish That You Were Here"- Podia-se tratar de uma versão do ilustre tema dos Pink Floyd, mas não. É só mesmo mais um tema com que Flo e a sua máquina nos agraciam num espaço de semanas. O quarto, para sermos precisos. É também a quarta vez que o projecto empresta a sua música a uma banda-sonora. Bonito demais.
9) Carly Rae Jepsen- "Higher"- Autora do mais brilhante álbum pop de 2015, para o qual diz ter escrito cerca de 250 canções, edita agora um EP - Emotion: Side B - com 8 das criações não incluídas no alinhamento do LP. "Higher", sacarose pop de consumo voraz, tem assinatura de Greg Kurstin e proporciona um dos momentos altos do registo. Hail to the Jepsen.
10) Everything Everything- "I Believe It Now"- O quarteto art rock de Manchester brinda-nos com o seu primeiro inédito desde o excelente Get to Heaven (2015), talvez o epílogo perfeito para a negritude áurea desse disco. Servirá para uso comercial de uma cadeia televisiva britânica nos jogos da Premier League.
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