2016, Um Balanço Sónico- As Canções Nacionais
Agora em solo nacional, o retrato é este:
1º Mishlawi- "All Night"- Num ano em que a cultura urbana lá fora voltou a estar no centro do mainstream, Portugal assistiu ao nascimento de um novo valor nos domínios do hip hop e R&B que se arrisca a ser o mais próximo que estaremos de ter um Drake luso. "All Night" soa a clássico que continuaremos a ouvir daqui a dez anos. #lit #dopeashell
1º Mishlawi- "All Night"- Num ano em que a cultura urbana lá fora voltou a estar no centro do mainstream, Portugal assistiu ao nascimento de um novo valor nos domínios do hip hop e R&B que se arrisca a ser o mais próximo que estaremos de ter um Drake luso. "All Night" soa a clássico que continuaremos a ouvir daqui a dez anos. #lit #dopeashell
2º Octa Push feat. Cachupa Psicadélica & João Gomes- "Gaia Cósmica"- Bruno e Leonardo continuam a espalhar a lusofonia no mais recente Língua, de onde este "Gaia Cósmica" será o ponto alto. Afrobeat e tropicalismo entregues em crioulo, música que embala o corpo e convida a divagações astrais.
3º Gisela João- "Labirinto Ou Não Foi Nada"- Engraçado como G.I. Jo puxou um "Beyoncé" da cartola e nos fez chegar Nua sem aviso prévio. Como sempre como dantes, isto é, com a mesma entrega maior que a vida, aquela voz gutural que manuseia palavras como cristais e a entoar um poema lindo. Depois, há um trabalho magnífico ao nível da instrumentação. Bravo, Gisela.
4º You Can't Win, Charlie Brown- "Above the Wall"- Nunca os YCWCB me soaram tão bem como com este "Above The Wall", agitado e portentoso pedaço de electro-rock que se move num ror de teclados, guitarras e baterias em tela 8-bit. O vídeo, esse, é um dos bombons visuais do ano.
5º Best Youth- "Fanatic"- Para nosso gáudio, Ed Gonçalves e Catarina Salinas continuaram a pisar crateras lunares em 2016. A sedutora e lenta combustão de "Fanatic" recordou-nos que o encanto de Highway Moon não se esgota com o passar do tempo. Dream pop celestial de veludo.
4º You Can't Win, Charlie Brown- "Above the Wall"- Nunca os YCWCB me soaram tão bem como com este "Above The Wall", agitado e portentoso pedaço de electro-rock que se move num ror de teclados, guitarras e baterias em tela 8-bit. O vídeo, esse, é um dos bombons visuais do ano.
5º Best Youth- "Fanatic"- Para nosso gáudio, Ed Gonçalves e Catarina Salinas continuaram a pisar crateras lunares em 2016. A sedutora e lenta combustão de "Fanatic" recordou-nos que o encanto de Highway Moon não se esgota com o passar do tempo. Dream pop celestial de veludo.
6º Noiserv- "Vinte e Três"- Noiserv desconstruído é tão compelativo quanto Noiserv munido da sua fascinante complexidade - uma das lições a reter da cartilha musical de 2016. Em português, ao piano e com a concisão que sempre o assiste, "Vinte e Três" ressoa no ouvinte, convidando-o a ficar cativo ao universo bolinha de sabão que David Santos tão bem sabe criar.
7º peixe : avião- "Miragem"- Peso Morto fez-se tardar, mas chegou nos passos de "Quebra" e deste turbulento "Miragem", desde logo a conduzir o ouvinte por um dos melhores discos alternativos do ano. Shoegaze e krautrock em agitados diálogos entre guitarra e bateria, envoltos numa neblina industrial que têm sabido desenhar com mestria.
8º Golden Slumbers- "New Messiah"- O ano fica também marcado pelo sólido debute das irmãs Falcão, que atesta a maturidade e fortalecimento da sonoridade folk praticada no EP I Found the Key (2014), agora por caminhos mais eléctricos e bravios, bem demonstrado pelo catita single de avanço, "New Messiah". Só não lhes chamem fofinhas.
9º Nice Weather For Ducks- "Marigold"- Que os ares de Leiria são propícios ao desenvolvimento de novos talentos, já o sabíamos. Que os NWFD se tornariam num valor seguro da música portuguesa, também. "Marigold" é um belo exemplar de indie rock com aroma tropical, a prolongar o charme da estreia de 2012 - tudo certo, portanto.
10º First Breath After Coma feat. Noiserv- "Umbrae"- Dificilmente existirá este ano outro trabalho audiovisual em solo nacional tão magnífico quanto este. Conhecê-lo é mergulhar nas artérias da canção, camada a camada, rumo ao seu doloroso núcleo. Post rock expansivo embalado pela voz imersiva de Noiserv e ilustrado pela brilhante performance de Rui Paixão.
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