Indie Attractions #8
Lykke Li- "No Rest for the Wicked"
Andam para aí uns quantos álbuns acerca de desgostos de amor - Ghost Stories ou In the Lonely Hour - mas é com Lykke Li e o dramático I Never Learn que vale a pena gastar a caixa inteira dos kleenexes: um álbum inspirado no fim de um longo relacionamento amoroso e que nas palavras da cantora sueca reflecte "a culpa, vergonha, dor, orgulho e confusão de ser-se mulher". O incrivelmente triste "No Rest for the Wicked", o 1º single do registo, perpetua na mente como uma ferida subcutânea que não mata, mas mói e fere a cada nova audição. Que o luto do coração dê lugar à tão almejada paz.
Hamilton Leithauser- "Alexandra"
Não estou convicto de alguma vez ter escutado um tema dos The Walkmen, mas de certo que o farei depois de ter dado de caras com o seu vocalista nesta que é a sua primeira incursão a solo, agora que colocou um ponto final - ou terá sido apenas um hiato prolongado ? - na sua banda de sempre. "Alexandra" é o cativante 1º single de Black Hours, o álbum de estreia lançado no início do mês, e parece ter umas quantas raízes na chamada música americana, com folk, blues e rock 'n' roll à mistura. O indie é só mesmo por ser editado na Ribbon Music. Vou pô-lo na minha lista de álbuns para ouvir e descobrir este Verão.
The War on Drugs- "Red Eyes"
A primeira vez que ouvi esta canção, há já uns meses atrás, pensei estar diante do boss Springsteen e de algum leftover do álbum de "Dancing in the Dark". Acho que me encantei por ela logo à primeira audição, o que é estranho, já que nestas coisas do mundo indie só lá para a 36ª vez é que me rendo, por fim, às evidências. Soou-me desde logo a clássico intemporal e faz-me sempre querer agarrar na trouxa e partir mundo fora à descoberta, sem dar explicações a ninguém e sem ter data de regresso. Faz parte de Lost in the Dream, o 3º álbum da banda - e não o primeiro, como tenho ouvido por aí - e este vou ter mesmo que ouvir pois faço questão de assistir ao concerto que vão dar no Alive.
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