20 êxitos para celebrar o cinquentenário de Kylie Minogue
Ela é a diva australiana que aprendemos a adorar ao longo das últimas três décadas, transversal a gerações, géneros e tribos. Kylie Minogue cumpre hoje meio século de vida e, naturalmente, o sentimento é de celebração e gratidão.
A efeméride ganha ainda mais relevo pelo facto de em 2018 se assinalarem trinta anos da edição do seu álbum de estreia: treze álbuns e 80 milhões de discos vendidos depois, aqui estamos nós para soprar as velas.
Juntem-se então a mim enquanto fazemos a contagem decrescente pelos seus vinte melhores êxitos: é tempo de celebrarmos a vida e obra da Deusa Pop dos Antípodas!
A efeméride ganha ainda mais relevo pelo facto de em 2018 se assinalarem trinta anos da edição do seu álbum de estreia: treze álbuns e 80 milhões de discos vendidos depois, aqui estamos nós para soprar as velas.
Juntem-se então a mim enquanto fazemos a contagem decrescente pelos seus vinte melhores êxitos: é tempo de celebrarmos a vida e obra da Deusa Pop dos Antípodas!
20º "Into the Blue", Kiss Me Once (2014)- Yyoooo-ó-ó-ó. Liberdade, independência e um extasiante sentimento de felicidade trespassavam Kylie no cartão-de-visita do seu 12º álbum de estúdio, pedaço de pop gloriosa composta à base de teclados, sintetizadores esparsos e cordas. Corações ao alto, uivemos à lua.
19º "2 Hearts", X (2007)- Depois de uma paragem na carreira motivada pela luta contra o cancro da mama, Kylie regressava triunfalmente com o seu primeiro inédito em três anos. De baixo insinuante, verve glam rock e aura electro à boa moda de Goldfrapp, "2 Hearts" parecia anunciar uma mudança de rumo que não se veio a concretizar. Ficou o assombro da primeira amostra. Whooooo!
18º "I Should Be So Lucky", Kylie (1988)- Classic Kylie na vossa direcção! Madonna já tinha dado por encerrada a era de True Blue (1986) quando uma jovial estrela da TV dos Antípodas transitava para o estrelato pop e se tornava no mais próximo de uma rival. Do debute trintão, para além da mítica canção do comboínho, destacava-se este pedaço de bubblegum pop que a ajudou a cultivar a imagem de girl-next-door.
17º "On a Night Like This", Light Years (2000)- Como esquecer a febre europop do começo do novo milénio? Depois de dois álbuns mais experimentais e comercialmente discretos, Kylie retornava às origens dance pop na viragem do século com Light Years. Com toda uma narrativa inspirada na película Casino (1995) de Scorsese, "On a Night Like This" fazia a ponte entre as pistas de Londres e de Ibiza.
17º "On a Night Like This", Light Years (2000)- Como esquecer a febre europop do começo do novo milénio? Depois de dois álbuns mais experimentais e comercialmente discretos, Kylie retornava às origens dance pop na viragem do século com Light Years. Com toda uma narrativa inspirada na película Casino (1995) de Scorsese, "On a Night Like This" fazia a ponte entre as pistas de Londres e de Ibiza.
16º "Wow", X (2007)- Depois do polarizador "2 Hearts", Minogue voltava aos carris com um bombom disco pop hiperactivo e esfuziante que funcionava como o "Holiday" de Madonna em esteróides. Segundo e mais aclamado single do seu 10º álbum, assinalou também a sua primeira parceria criativa com Greg Kurstin, hoje um dos estetas mais essenciais do nosso tempo. Wowowowowoooow!
15º "Come Into My World", Fever (2001)- Do álbum onde indiscutivelmente moram os seus melhores singles, encontra-se este sedutor pedaço de nu-disco que convida o ouvinte a entrar na esfera privada da cantora. O vídeo trata-se de um dos mais inventivos da sua carreira e conta com assinatura do francês Michel Gondry. A canção concedeu a Kylie o único Grammy do seu percurso, na categoria de Melhor Gravação de Dança, em 2004.
14º "In My Arms", X (2007)- How do you describe a feeling? Na última visita a X damos de caras com a retro-synthpop extravagante de "In My Arms", cortesia de Calvin Harris, aqui numa das suas primeiras produções para terceiros, destacada pela crítica como um dos momentos mais fortes do álbum. O vídeo alinha na ambiência do tema e dilui-se em cor, geometrias e espalhafato.
13º "Better the Devil You Know", Rhythm of Love (1990)- Falemos de rupturas. Ambicioso single de avanço do seu terceiro disco de originais, "Better the Devil You Know" foi a canção que silenciou a imagem pueril da estreia e deu lugar a uma intéprete mais provocadora e sonicamente destemida. Stock Aitken Waterman, trio mágico da pop britânica dos anos 80, concedia então a Kylie o seu "I'm a Slave 4 U", "Dirrty" ou "We Can't Stop".
12º "All the Lovers", Aphrodite (2010)- Won't you dance? Minogue inaugurava os 40 com uma jubilosa faixa electropop de recorte disco tecida por Jim Eliot e Stuart Price, sobre sucumbir ao amor com o ímpeto da primeira vez. Joseph Kahn trouxe à vida o vídeo da canção, assente numa gigantesca pirâmide humana em roupa interior que se congrega para celebrar o amor nas suas diferentes acepções.
11º "The Loco-Motion", Kylie (1988)- Todos a bordo! Pegar na carinha laroca da novela mais afamada lá da Austrália e fazer dela a resposta dos Antípodas a Madonna era um plano demasiado ambicioso. Um infalível cover de um tema recuperado ao cancioneiro americano de 1962 lançou o isco e a imbatível parceria com Stock Aitken Waterman fez o resto. Trinta anos mais tarde, tanto Neighbours como Kylie Minogue continuam no activo. Há coisas fantásticas, não há?
10º "I Believe In You", Ultimate Kylie (2004)- Em 2004 encontrávamos Kylie em plena retrospectiva de carreira com uma cintilante construção eurodisco forjada por Jake Shears e Babydaddy - cabeças pensantes dos Scissor Sisters - sobre confiar no parceiro amoroso acima de todas as coisas, que a devolveu às boas graças da crítica depois da recepção mais tépida a Body Language.
12º "All the Lovers", Aphrodite (2010)- Won't you dance? Minogue inaugurava os 40 com uma jubilosa faixa electropop de recorte disco tecida por Jim Eliot e Stuart Price, sobre sucumbir ao amor com o ímpeto da primeira vez. Joseph Kahn trouxe à vida o vídeo da canção, assente numa gigantesca pirâmide humana em roupa interior que se congrega para celebrar o amor nas suas diferentes acepções.
11º "The Loco-Motion", Kylie (1988)- Todos a bordo! Pegar na carinha laroca da novela mais afamada lá da Austrália e fazer dela a resposta dos Antípodas a Madonna era um plano demasiado ambicioso. Um infalível cover de um tema recuperado ao cancioneiro americano de 1962 lançou o isco e a imbatível parceria com Stock Aitken Waterman fez o resto. Trinta anos mais tarde, tanto Neighbours como Kylie Minogue continuam no activo. Há coisas fantásticas, não há?
10º "I Believe In You", Ultimate Kylie (2004)- Em 2004 encontrávamos Kylie em plena retrospectiva de carreira com uma cintilante construção eurodisco forjada por Jake Shears e Babydaddy - cabeças pensantes dos Scissor Sisters - sobre confiar no parceiro amoroso acima de todas as coisas, que a devolveu às boas graças da crítica depois da recepção mais tépida a Body Language.
9º "Chocolate", Body Language (2003)- Sem dúvida um dos singles mais arriscados e não convencionais da australiana neste milénio, "Chocolate" destaca-se no seu catálogo pela saborosa cobertura disco-funk e pela para-lá-de-erótica interpretação meio sussurrada meio ofegante de Kylie. A experiência auditiva complementa-se com um vídeo de apurado sentido estético que presta homenagem aos antigos musicais dos estúdios Metro-Goldwyn-Mayer. Que sonho.
8º "In Your Eyes", Fever (2001)- De volta aos tempos em que Kylie era a representação máxima de futurismo na pop. "In Your Eyes", lasciva construção dance pop, teve a difícil tarefa de suceder ao massivo "Can't Get You Out of My Head" e não vacilou na hora de dar continuidade ao sucesso da campanha promocional de Fever. As luzes néon, os movimentos robóticos e a saia flutuante fizeram o resto.
7º "Red Blooded Woman", Body Language (2003)- Boy, boy! O nono álbum de estúdio pode ter sido um dos mais mal-amados da sua carreira, mas teve singles fortíssimos. Em "Red Blooded Woman" Kylie Minogue canalizava os apetites urbanos de Timbaland num compelativo e sedutor objecto synthpop de balanço R&B que tinha como propósito dar continuidade à conquista do mercado norte-americano iniciada com o álbum anterior. Missão falhada, single catita no portfólio.
6º "Get Outta My Way", Aphrodite (2010)- Indiscutivelmente o single de Kylie mais subvalorizado dos últimos anos. Nada menos do que um colossal pop banger de dedo desafiador no ar e anca movediça na pista de dança, "Get Outta My Way" foi entregue à entrada da quarta década de actividade de Minogue, numa era dominada por Lady Gaga, Rihanna, Katy Perry e afins. Nem Madonna se saiu com algo tão formidável nos seus últimos trabalhos...
5º "Spinning Around", Light Years (2000)- Falemos de regressos triunfantes. Depois de em meados da década de 90 ter atravessado a sua fase indie com o álbum homónimo de 1994 e Impossible Princess (1997), Kylie brindava o novo milénio com o retorno à pop leve e airosa em que sempre foi tão eficaz. O revivalismo disco foi particularmente engenhoso em "Spinning Around", complementado por um vídeo que é toda uma prosa ao traseiro da cantora. Benditas hotpants.
4º "Love At First Sight", Fever (2001)- No início dos anos 00 a cultura pop começava a absorver os ensinamentos dos Daft Punk ou Modjo e dona Kylie foi uma das primeiras estrelas do mainstream a incorporar elementos da dita french house no seu catálogo. Os resultados evidenciaram-se no inebriante "Love At First Sight", quatro prodigiosos minutos de dance pop imaculada que culminam em atracção imediata. Dezassete anos volvidos, não perdeu nem um milésimo do seu encanto.
3º "Slow", Body Language (2003)- O coração salta uns quantos batimentos, o suor escorre e o bom senso falha-nos: com a breca, é a canção mais erótica do repertório da deusa dos Antípodas. E possivelmente do universo. Insinuante cartão-de-visita do seu nono álbum de estúdio, "Slow" cozinhava em lume brando de electropop minimal, com a intérprete a convidar um potencial parceiro para uma sessão íntima e demorada. Quem diria que banhos de sol sincronizados poderiam ser tão interessantes? Yeaaah. Slow.
2º "Confide In Me", Kylie Minogue (1994)- Se "Better the Devil You Know" foi o seu primeiro momento de rebeldia, "Confide In Me" corresponde ao seu momento de afirmação e necessidade de emancipação artística. Recém-saída da PWL e livre da alçada constritora de Stock Aitken Waterman, Kylie procurou novos rumos junto do selo da Deconstruction e dos Brothers in Rhythm, colectivo de electrónica que lhe deu o single mais arrojado e inventivo do seu percurso. Dramático e sedutor à boa moda de James Bond, o tema espraia-se ao longo de cinco minutos em instrumentação de cordas e percussão típicas do Médio Oriente, em cama indie pop com elementos de trip hop. Liricamente, Kylie adopta ora a postura de presa, ora de caçadora, versando sobre a sua capacidade de manipulação. Quão desconcertante e pioneira foi esta fase.
8º "In Your Eyes", Fever (2001)- De volta aos tempos em que Kylie era a representação máxima de futurismo na pop. "In Your Eyes", lasciva construção dance pop, teve a difícil tarefa de suceder ao massivo "Can't Get You Out of My Head" e não vacilou na hora de dar continuidade ao sucesso da campanha promocional de Fever. As luzes néon, os movimentos robóticos e a saia flutuante fizeram o resto.
7º "Red Blooded Woman", Body Language (2003)- Boy, boy! O nono álbum de estúdio pode ter sido um dos mais mal-amados da sua carreira, mas teve singles fortíssimos. Em "Red Blooded Woman" Kylie Minogue canalizava os apetites urbanos de Timbaland num compelativo e sedutor objecto synthpop de balanço R&B que tinha como propósito dar continuidade à conquista do mercado norte-americano iniciada com o álbum anterior. Missão falhada, single catita no portfólio.
6º "Get Outta My Way", Aphrodite (2010)- Indiscutivelmente o single de Kylie mais subvalorizado dos últimos anos. Nada menos do que um colossal pop banger de dedo desafiador no ar e anca movediça na pista de dança, "Get Outta My Way" foi entregue à entrada da quarta década de actividade de Minogue, numa era dominada por Lady Gaga, Rihanna, Katy Perry e afins. Nem Madonna se saiu com algo tão formidável nos seus últimos trabalhos...
5º "Spinning Around", Light Years (2000)- Falemos de regressos triunfantes. Depois de em meados da década de 90 ter atravessado a sua fase indie com o álbum homónimo de 1994 e Impossible Princess (1997), Kylie brindava o novo milénio com o retorno à pop leve e airosa em que sempre foi tão eficaz. O revivalismo disco foi particularmente engenhoso em "Spinning Around", complementado por um vídeo que é toda uma prosa ao traseiro da cantora. Benditas hotpants.
4º "Love At First Sight", Fever (2001)- No início dos anos 00 a cultura pop começava a absorver os ensinamentos dos Daft Punk ou Modjo e dona Kylie foi uma das primeiras estrelas do mainstream a incorporar elementos da dita french house no seu catálogo. Os resultados evidenciaram-se no inebriante "Love At First Sight", quatro prodigiosos minutos de dance pop imaculada que culminam em atracção imediata. Dezassete anos volvidos, não perdeu nem um milésimo do seu encanto.
3º "Slow", Body Language (2003)- O coração salta uns quantos batimentos, o suor escorre e o bom senso falha-nos: com a breca, é a canção mais erótica do repertório da deusa dos Antípodas. E possivelmente do universo. Insinuante cartão-de-visita do seu nono álbum de estúdio, "Slow" cozinhava em lume brando de electropop minimal, com a intérprete a convidar um potencial parceiro para uma sessão íntima e demorada. Quem diria que banhos de sol sincronizados poderiam ser tão interessantes? Yeaaah. Slow.
2º "Confide In Me", Kylie Minogue (1994)- Se "Better the Devil You Know" foi o seu primeiro momento de rebeldia, "Confide In Me" corresponde ao seu momento de afirmação e necessidade de emancipação artística. Recém-saída da PWL e livre da alçada constritora de Stock Aitken Waterman, Kylie procurou novos rumos junto do selo da Deconstruction e dos Brothers in Rhythm, colectivo de electrónica que lhe deu o single mais arrojado e inventivo do seu percurso. Dramático e sedutor à boa moda de James Bond, o tema espraia-se ao longo de cinco minutos em instrumentação de cordas e percussão típicas do Médio Oriente, em cama indie pop com elementos de trip hop. Liricamente, Kylie adopta ora a postura de presa, ora de caçadora, versando sobre a sua capacidade de manipulação. Quão desconcertante e pioneira foi esta fase.
1º "Can't Get You Out of My Head", Fever (2001)- Não há grande margem para dúvidas aqui. A crítica especializada é unânime, o VH1 assina por baixo e até o não-tão-amante-assim-de-pop concorda: este é o êxito de assinatura de Kylie Minogue. Decisivo para a sua metamorfose enquanto diva dance pop do novo milénio, "Can't Get You Out of My Head" alcançou o nº1 em cerca de 40 países e abalou os alicerces da cultura pop não só pela sua infalível construção, à base de uma linha de baixo pulsante, sintetizadores espaciais e sobretudo de la la la's hipnóticos, como pelo estrondoso pacote em que veio embrulhado: toda uma odisseia audiovisual futurista e semi-alienígena centrada no revelador macacão branco de Kylie e nas coreografias sincronizadas com o bizarro esquadrão de dançarinos. Daqui a trezentos anos, seres de outro planeta encontrarão a canção nos nossos arquivos e ficarão igualmente de cabeça à roda. Assim é o legado de Kylie.
Pelo talento, longevidade, ambição e pela capacidade de acompanhar e evoluir com os tempos, e resistir à passagem deste. Exemplo de profissionalismo e sucesso não só para as mulheres da sua profissão como para as de todo o mundo, ícone global certificado e unanimemente amado.
Parabéns, Kylie, obrigado :)
Parabéns, Kylie, obrigado :)
Comentários
Enviar um comentário