Como Agnes regressou à vida em 8 majestosas canções

 


Agnes Carlsson prepara-se para editar o seu primeiro álbum em quase uma década. Magic Still Exists chega a 22 de Outubro próximo, mas antes houve uma caminhada de dois anos na qual caímos de novo de amores pela autora de hinos como "Release Me", "On and On" ou "One Last Time", sucumbindo agora ao conceito de disco espiritual que explorará mais a fundo nesta nova era. Façamos, portanto, o ponto da situação aos singles que editou desde que saiu do longo hiato:

1) "Tough Love" (2019)- O primeiro single de Agnes em seis anos foi por ocasião do álbum póstumo do compatriota Avicii, dance pop bollywoodesca cantada a meias com o seu parceiro da vida real, Vincent Pontare, aqui retratado como parte do duo sueco Vargas & Lagola. 

2) "I Trance" (2019)- O tira-teimas à nova pulsação da cantora foi feito com a edição do EP Nothing Can Compare, em Outubro de 2019, liderado por dois singles: um deles, este "I Trance", vê-a emergir como uma diva house pós-futurista plena de confiança e requinte europeu, numa cadência hipnótica que desemboca num clímax techno. Quanto primor.

3) "Limelight" (2019)- E se "I Trance" é o lado nocturno, "Limelight" é o lado solar do EP: electro swing bamboleante que coloca a sua voz pujante no centro das atenções, ao mesmo tempo que não desvirtua o seu interesse do top 40.

4) "Nothing Can Compare" (2019)- A estrela da companhia do EP é mesmo o tema-título: disco cintilante de coração quebrado e interpretação imaculada que Mark Ronson poderia ter aproveitado para o seu Late Night Feelings desse mesmo ano. 

5) "Goodlife" (2020)- Depois da promoção ao EP e ainda antes de se entregar à era do quinto álbum, Agnes perscrutou os escritos da gaveta lá de casa e resgatou "Goodlife", em banho-maria há cerca de três anos. Um glorioso brinde à vida e às ligações que perduram para todo o sempre, acompanhado de luxuosas cordas.

6) "Fingers Crossed" (2020)- Em Agosto do ano passado assistimos ao despontar oficial da era de Magic Still Exists, com a disco pop espiritual de "Fingers Crossed", nova produção magistral servida por Vargas & Lagola e complementada por um vídeo surreal que presta homenagem ao filme mexicano The Holy Mountain, de 1973. 

7) "24 Hours" (2021)- Agnes mostrou que vinha para aniquilar carreiras na pop com a excelência e tensão controlada de "24 Hours", que combina Donna Summer no seu primor com fantasias inimaginadas de Kylie Minogue ou Jessie Ware. A direção criativa do colectivo Swim Club é de sonho, e a progressão artística deste monumento à telegenia de "Release Me" é enorme. 

8) "Here Comes the Night" (2021)- É a última peça desvendada antes da chegada do novo álbum: a luxúria disco setentista, as heranças dos ABBA que resplandecem ao longo de toda a canção, a majestástica performance vocal, e aquele refrão que sobe, sobe, sobe, até às estrelas. É o paraíso reflectido numa bola de espelhos. 


Longa vida à nossa disco queen sueca! Dia 22 pode chegar já?

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