Acerca do regresso de Adele

 

Há um mês que temos Adele, vulgo santa padroeira dos milhões, de novo nas nossas vidas. E isto é o que podemos retirar:

- "Easy on Me" é um single deslumbrante. O que lhe falta em progressão e carácter apoteótico, compensa com sobriedade, reflexividade e a prestação vocal sólida do costume. É de novo uma produção pop soul ao piano de Greg Kurstin, que documenta as fragilidades do seu passado, seja na relação com o pai ou com o ex-marido, transmitidas agora ao filho de nove anos, como forma de testemunho, mas também de redenção. 

- Como seria de esperar, a canção fez-se anunciar com estrondo. Quebrou o recorde de streams tanto diário como semanal no Spotify, e rapidamente escalou até ao nº1 das tabelas de singles de 25 países, entre eles Inglaterra e EUA, onde está acomodada no topo há quatro semanas. O respectivo videoclip já conta com mais de 150 milhões de visualizações, entretanto. 

- 30, o álbum que chega esta sexta-feira, assenta maioritariamente no seu divórcio de Simon Konecki, mas também no desenrolar da experiência da maternidade e do nunca cessante mediatismo. Este seu quarto disco conta com produção dos habituais Max Martin, Shellback, Tobias Jesso Jr. e o já citado Greg Kurstin, bem como contribuições adicionais de Ludwig Göransson e Inflo, do colectivo Sault.

- O novo disco tem sido promovido com especiais televisivos, entre eles o Adele One Night Only da CBS que incluiu também uma entrevista com Oprah, e o An Audience with Adele que será transmitido pela ITV a 21 de Novembro. No primeiro deles deu a conhecer alguns inéditos, como "I Drink Wine", que alegadamente será o segundo single do registo.

- Ainda não há previsão de números para a primeira semana de 30, mas não se prevê outra coisa que não algo extraordinário, ainda que estes não sejam os mesmos tempos de 25 (2015). Mas se Adele já provou ser uma força monumental de vendas físicas, também se adaptou bastante bem à era do streaming, como atestaram os números do primeiro single.

Aguardamos com expectativa. Vinde até nós, 30!