As Sugababes originais estão de volta (e desta vez é mesmo a sério)

 

O trio original da girlsband britânica mais influente dos noughties está reunido há exactamente uma década (!), e entre sucessivos atrasos, tempos de espera indefinidos e algumas boas indicações, parece estar finalmente em condições para avançar com o plano de reagrupamento anunciado em 2012.

Depois de reclamado o nome original algures em 2016 - não esquecer que até então o trio assinava por MKS, as iniciais do primeiro nome de cada um dos seus elementos - Mutya, Keisha e Siobhán relançaram no passado mês de Junho o seu primeiro e único single à data, o excelente "Flatline" esquadrinhado por Dev Hynes, enquanto Sugababes.

Em Outubro de 2019 parecia que as engrenagens estavam prontas para rolar de vez quando deram a sua primeira performance ao vivo em quase duas décadas no The Graham Norton Show, para cantar "Flowers", o seu contributo para o disco Garage Classical do produtor britânico DJ Spoony. Na altura, chegaram a revelar que estavam a preparar novo material e um projecto especial para assinalar os vinte anos do debute One Touch, planos esses que não se materializaram graças à pandemia.

A reedição do álbum de estreia, porém, acabou por chegar em Outubro passado, antecedido por remisturas de ilustres como MNEK, Blood Orange ou Metronomy para "Run for Cover", "Same Old Story" ou "Overload", respectivamente, para além de composto por inéditos e versões demo e alternativas dos temas originais. A edição comemorativa do debute deu os seus frutos, alcançando o nº18 da tabela de álbuns britânica e superando a 26ª posição obtida vinte e um anos antes.

Em 2022, a reforçar os planos de reactivação da banda, encontramos o trio em digressão pelo Reino Unido: encabeçaram já o Mighty Hoopla em Londres, tiveram honras de set no lendário Glastonbury e abriram algumas datas para os Westlife. Adicionalmente, em Outubro iniciam um périplo de 17 datas pela nação. 

É vê-las na estrada, empenhadas na divulgação do seu regresso e com uma química e harmonia imbatíveis. Só falta mesmo o prometido álbum para cumprir o seu potencial e dar continuidade ao legado de uma das histórias mais ricas e apreciadas da cultura pop britânica. Que não lhes falhe a força.