She´s Madonna

Madonna-"Hung Up"
Confessions on a Dance Floor (2005)

The legendary Queen of Pop:



Na semana em que assistimos ao regresso da Rainha da pop faz todo o sentido que ela seja a protagonista desta semana neste espaço. Não sou fã de Madonna mas tenho um respeito enorme por esta grande senhora que estabeleceu os limites da pop e que, aos 53 anos, continua a levá-los mais além.

Com uma carreira que conta quase com 30 anos e prestes a editar o seu 12º álbum de estúdio, Madonna é, sem dúvida alguma, a Rainha da pop. Qualquer bom entendedor de música o sabe, mas há uma nova geração que desconhece o legado de Madonna e que se deixa deslumbrar pelo sucesso de recém estrelas pop que apenas agora começam a traçar o seu caminho.

Entrei em contacto com o seu percurso em 2003 na era de American Life. Não foi uma era particularmente memorável para Madonna mas sempre soube que estava perante um ícone. Contudo, em 2005 assisti em todo o seu esplendor ao poder que esta mulher emana. Estavamos em plena era de Confessions on a Dance Floor e este "Hung Up" foi mais uma excelente metamorfose de uma artista em constante renovação.

Em 2005 e com a ajuda de Stuart Price, a Rainha da Pop acrescentou ainda mais ouro à sua coroa reluzente ao pisar terrenos da electrónica e da dance pop com uma mestria e uma destreza tal que nem uma jovem de 20 anos conseguiriam alcançar. Foi então aqui que Madonna ganhou todo o meu respeito e comprovei, finalmente, a sua genialidade.

Como referi umas linhas acima, há toda uma nova geração que não contactou com o percurso de Madonna e que não lhe hesita em retirar o título das mãos para o ceder com toda a devoção a Lady Gaga. Não retirando o mérito desta última, ainda terá que caminhar muito para chegar aos calcanhares de Madonna e os seus 4 anos de carreira são ínfimos quando comparados com o legado da Rainha da pop.

Mas Rainha porquê? Porque há 30 anos atrás ousou chegar onde nenhuma artista feminina tinha chegado e ela própria definiu as regras da música pop. Porque desbravou caminho a todas as artistas que se seguiram, facilitando-lhes a vida. Porque soube reeinventar-se a cada disco que fez, sem repetir fórmulas. Porque soube contornar as suas fraquezas (a voz), compensando com coreografias e vídeos revolucionários e um génio artístico sem igual. Mas, acima de tudo, porque mesmo passados todos estes anos, consegue a fantástica proeza de se manter relevante e um nome incontornável do universo pop.

Apenas deixará de ser a Rainha da Pop no dia em que colocar um ponto final na sua carreira e aí ou Britney Spears ou Lady Gaga irão ocupar-lhe o posto (segundo a hierarquia, a justa sucessora será Britney Spears, mas isso é algo que já referi num anterior post e que não vale a pena discutir agora).

A grande questão é até quando é que Madonna quererá reinar. Já nada lhe falta provar e como grande Rainha que é, julgo que saberá sair em grande estilo em vez de se arrastar como uma carcaça velha até aos 70 anos. Se ainda a vemos, aos 53 anos, em grande estilo e a cimentar o seu trono, é apenas porque se quer desafiar a si mesma e porque sabe que o mundo precisa dela.

Estas linhas foram a minha humilde tentativa de homenagear esta grande senhora e de abrir os olhos ou, pelo menos, estimular a curiosidade de todos aqueles que não conhecem o seu percurso para que eles próprios possam perceber aquilo a que me refiro. Não serei a pessoa mais indicada para o fazer, mas sinto que era algo que necessitava de ser dito.

É uma lenda viva que merece ser respeitada. The one and only, Queen of Pop.

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