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Panic! at the Disco-"I Write Sins, Not Tragedies"
A Fever You Can't Sweat Out (2005)

Há uns anos atrás fomos contagiados por esta febre:



Deram-se a conhecer ao Mundo em 2005 com A Fever You Can't Sweat Out, um conjunto de temas impressionantes que oscilavam entre a pop punk, o alternative rock e a baroque pop embrulhados com muita teatralidade à mistura.

Desde logo os Panic! at the Disco demarcaram-se da concorrência pela sua atitude teatral,  pelas suas letras que abordavam temas como o adultério, alcoolismo, casamento ou a prostituição e pelos nomes invulgares que atribuíam aos seus temas como "Lying Is The Most Fun a Girl Can have Without Taking Her Clothes Off" (excelente música) ou "The Only Difference Between Martyrdom ans Suicide Is Press Coverage". Acrescente-se o facto de à data serem bastante novos (com idades compreendidas entre os 18 e os 19) e percebe-se que a sua estreia foi genial.

O ponto máximo da sua estreia foi este "I Write Sins, Not Tragedies" e o seu vídeo inesquecível que lhes permitiu alcançar o Moonman de "Vídeo do Ano" nos MTV Video Music Awards 2006 e, mais recentemente, foi considerado o "Melhor Vídeo Vencedor de Sempre" nos 27 anos de história dos VMA's, a cerimónia mais icónica da MTV.

Em 2008 lançaram Pretty. Odd., o díficil 2º álbum, que se caracterizou por uma mudança radical no seu som, optando por uma direcção mais clássica que os aproximou dos Beatles. A mudança não foi tão bem recebida como a sua estreia mas mesmo assim destacou-se "Nine in the Afternoon", o brilhante 1º single.

Em 2009 atravessaram tempos complicados com a saída de 2 elementos da banda e num instante passaram de quarteto para uma dupla. O que poderia ter sido o fim cruel para os Panic! foi apenas um renascer, sendo que Brendon Urie (o teatral vocalista) e Spencer Smith (o fiel baterista) não cruzaram os braços e começaram a preparar o 3º álbum.

Contra todas as adversidades, editaram em 2011 o admirável Vices & Virtues e recuperaram a fascinante faísca da sua estreia. "The Ballad of Mona Lisa" e "Ready to Go (Get Me Out of My Mind)" foram 2 pérolas do ano passado que passaram despercebidas, mas que, no meu entender, foram dos melhores temas surgidos em 2011 e o próprio álbum foi um dos melhores que ouvi do ano passado.

Resta dizer que estão no lote das minhas bandas favoritas e se já gostava deles antes da mudança do alinhamento, passei a admirá-los ainda mais por conseguirem resistir como dupla e por terem elevado a fasquia. Mereciam ser mais reconhecidos, pois vêm dar um colorido e uma originalidade tal ao panorama musical que mais ninguém traz. Aqui para mim, fazem-me falta e são uma fonte de inspiração e criatividade. Continuem assim.

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