Ídolos 2012: 3ª Gala- Top 9

Tema: Música Portuguesa dos Anos 80
Concorrentes Menos Votados: Teresa Queirós, Mónica Mendes e João Santos
Concorrente Eliminado: Mónica Mendes

Melhores Actuações:

Teresa Queirós-"Telepatia"




André Cruz-"Pó de Arroz"




Inês Herédia-"Homem do Leme"




Mariana Domingues-"Por Quem Não Esqueci"




Diogo Piçarra-"Estou Além"



E à 3ª gala conforme as escrituras eis que se decide dedicar o programa à música portuguesa. Valeu a pena porque foi a melhor gala até agora. Curiosamente, foi uma noite de surpresas, na medida em que os fracos tornaram-se fortes e os fortes fraquejaram ligeiramente. Vejamos então o panorama:

A Teresa deslumbrou, uma vez mais, e mostrou sabedoria e versatilidade na sua actuação. Esteve na iminência de sair e caso isso tivesse acontecido seria a morte de um programa toldado por injustiças. Suspeito que será uma das próximas a sair e é para ela que o júri está a guardar o seu poder de resgate. Esperemos que os portugueses abram os olhos antes que seja tarde de mais.

O André foi o protagonista da reviravolta inesperada da noite. Após ter sido um dos menos votados na gala passada, ontem deu o tudo por tudo e brilhou na sua actuação. Apesar de a nível vocal ser dos melhores, há algo nele que me que faz torcer o nariz: a sua postura algo forçada e pouco natural. Veremos como ele se comporta nas próximas galas.

A Inês sempre foi uma concorrente que me deixou na dúvida e cujo valor questionava, mas à 3ª gala a minha incerteza dissipou-se: grande entrega, uma imensa expressividade e um modo de cantar peculiar, como se quisesse abraçar o Mundo.

A Mariana continua a ser uma das concorrentes mais fortes e apesar de ainda não ter voltado a atingir o patamar que alcançou na 1ª gala, convence sempre com o seu belíssimo timbre e com o brilho natural que possui.

Talvez não se tenha destacado muito nesta gala, mas há sempre espaço para incluir neste lote alguém como o Diogo. Talvez ainda não tenha encontrado a sua praia, talvez a banda não o favoreça, mas aquele palco pertence-lhe e todas as galas ele faz questão de demonstrar isso com uma paixão e devoção inquestionáveis. Fico à espera de vê-lo num registo mais acústico.

O João foi parar aos três menos votados e acho que isso se deveu à sua escolha algo infeliz. Foi corajoso ao cantar algo que não seria de esperar vindo dele e, apesar de bem ter tentado, não convenceu com a sua versão. Acho que para reconquistar a confiança do público deveria apostar numa balada acompanhado pela sua fiel guitarra.

A Catarina teve nesta gala a sua melhor prestação e, pela primeira vez, teve argumentos que justificassem a sua presença neste programa. Contudo, tal não faz esquecer o percurso que traçou até aqui, sendo, a meu ver, uma das concorrentes mais fracas. Será que ainda se poderá redimir?

Acabou por ser a Mónica a concorrente escolhido pelo público para abandonar o programa. Não sendo a mais fraca, teve o azar dos seus competidores terem esgrimido melhores argumentos no campo de batalha. Havia mais lados a explorar na sua voz, mas creio que não resistiria no programa durante muito mais tempo. E afinal de contas, já houve melhores a ficar pelo caminho...

Reservo o último parágrafo para falar da Margarida, vítima do autêntico circo de feras em que mergulhou. O que aconteceu ontem, como a própria o frisou, foi pura consequência das críticas disparatadas que o júri lhe faz. Fragilizada e sem metade da confiança inicial, apenas não colapsou no palco porque o público deu-lhe o combustível que precisava. É uma pena ver alguém que poderia ir longe no programa a ser ridicularizado desta maneira e a perder o brilho gala após gala. Apesar da legião de fãs a ter salvo na hora decisava, isto só faz com que coleccione ódios e perca credibilidade junto de quem um dia julgou ter visto um pequeno génio musical. Creio que a única maneira de se salvar é dar mostras da sua versatilidade e cantar fado como o fez no juízo final. Miúda, é tempo de mostrares de que fibra és feita!

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