The Immortal King of Pop

Michael Jackson-"Smooth Criminal"
Bad (1987)



No próximo dia 25 de Junho assinalam-se 3 anos da morte de Michael Jackson, o eterno Rei da Pop e o maior artista, em todas as acepções que a palavra permite, que o mundo conheceu. Todos estes argumentos são por isso mais do que válidos para que seja dele o espaço desta semana.

É para mim díficil falar de MJ na medida em que as escassas linhas a que as minhas palavras estão confinadas não farão um pingo de justiça ao grande cantor, dançarino, compositor, performer (e mais alguns ofícios que possivelmente me escapam) que ele foi durante os 45 anos em que esteve em activo, primeiro nos The Jackson 5 e depois a solo. Mas há que manter o seu legado vivo e a sua memória acesa.

Infelizmente, nunca contactei directamente com o legado de MJ, visto que o seu último álbum de originais data de 2001 e nessa altura a minha paixão musical estava longe de ser o que é hoje. Conhecia, é claro, como qualquer ser humano à face da terra, temas como "Thriller", "Beat It", "Billie Jean" ou "Bad", mas compreender e conhecer o seu legado, foi algo que só aconteceu no dia da sua morte, a 25 de Junho de 2009.

Lembro-me como se fosse ontem: decorria a primeira hora da madrugada quando, ao fazer zapping pelos canais de televisão, deparei-me com a chocante notícia que simplesmente não poderia ser verdade. Imediatamente fiquei  petrificado, de olhos húmidos, sem saber muito bem porquê. Talvez porque nesse dia ninguém ficou indiferente à tragédia, e porque nesse mesmo dia, morreu também uma parte de nós.

Nos dias que se seguiram, o mundo chorou a sua morte e fomos todos inundados pelo seu legado, tal como se tivessemos recuado aos anos 80. Foi entao aí que descobri muitas das suas músicas e vídeos que nunca tinha conhecido e que me apercebi do significado e da dimensão que MJ teve para o mundo.

Nunca na vida tinha visto tanta perfeição e genialidade reúnidas apenas num só artista: foi um visionário, um génio musical, quebrou barreiras e recordes, criou temas épicos e lançou tendências,  revolucionou a televisão com os seus vídeos inovadores, inspirou e apaixonou milhões de pessoas com o seu talento e dedicou toda a sua vida à música, com uma paixão e dedicação únicas.

Por um momento apenas tive vontade de ter nascido nos anos 70, precisamente para ter presenciado em todo o seu esplendor a era dourada de MJ, para agora poder ser mais um dos que sabiamente transmitem o seu legado com a paixão e conhecimento que só possui quem acompanhou a sua carreira. Assim sendo, contento-me com o papel de tentar homenagear e alertar a nova geração para a figura icónica que ele foi e continua a ser.

Muita coisa mudou desde que MJ fechou os olhos: o panorama musical continua a afundar-se de dia para dia e continuamos à espera de um novo Rei da Pop. O melhor mesmo é perdermos a esperança porque nenhuma alma à face da Terra será digna desse título (Justin Timberlake virou costas ao título e Justin Bieber nem perto está): tal designação desvaneceu-se com o seu último sopro de vida.

Por esta altura deve estar a dar voltas na tumba ao ver que os seus descendentes não estão a saber dar conta do recado e que ninguém é capaz de chegar ao seu patamar, apesar de alguns tentarem, mas em vão. Elevou a fasquia de tal maneira, que o vazio que o seu desaparecimento deixou dificilmente será preenchido.

São poucos os que alcançam a imortalidade, mas se há alguém que o conseguiu, foi sem dúvida Michael Jackson. Deu tanto a este mundo, que a única maneira de retribuirmos tudo o que nos proporcionou é recordá-lo, espalhando o seu legado, não o deixando cair em esquecimento. Ontem, hoje e amanhã: the one and only, King of Pop.

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