OUVIR: Katy Perry feat. Skip Marley- Chained to the Rhythm
Purposeful pop
Estamos em 2017 e Katy Perry já não vende sonhos de algodão. No seu primeiro inédito à séria em quatro anos - fora "Rise", canção estandarte dos últimos Jogos Olímpicos - o activismo (ou a falta dele) é o prato do dia, podendo este ser considerado o primeiro hino pop político da era Trump.
Assistida por Max Martin na mesa de mistura e por Sia nos versos, Katy mantém assim a agenda política na ordem do dia - ela que foi uma das maiores apoiantes de Hilary Clinton na corrida à Casa Branca - deixando para trás os contos de fadas e hinos de auto-afirmação que têm pautado o seu caminho.
Felizmente para nós, a aptidão para hits não enferrujou. Sob teclas oh-so-80s, uma bassline balear e um ténue riff de guitarra eléctrica, Miss Perry dá-nos um curioso híbrido disco/dancehall que vive de "I Feel It Coming" (The Weeknd), "Lose Yourself to Dance" (Daft Punk) e "Ocean Drive" (Duke Dumont), ao mesmo tempo que abre as portas do mainstream ao neto de Bob Marley.
"Chained to the Rhythm" não é mais do que Katy Perry consciente da sua influência junto das massas, tentando criar algo mais do que um movimento insuflador do ego ou da conta bancária, despertando consciências e pró-activismo em seu redor. Já era tempo. Agora que não perca o brio.
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