VER: Lady Gaga no Super Bowl 2017

Triumph



Lady Gaga tomou conta do espectáculo de intervalo da 51ª edição do Super Bowl e, sem surpresa, não só deu conta do recado como inscreveu a sua actuação no hall of fame do evento.

A entrada, nas alturas, é feita em modo patriótico ao som de "God Bless America" entrecortado com versos do hino de protesto "This Land Is Your Land" - beijinho no ombro, Trump - suspensa por cabos no telhado do edifício e acompanhada por um esquadrão de drones de última geração a desenhar elaborados motivos no céu.

Um cómico mergulho de chapa - porque raio todas as estrelas pop desejam voar no Super Bowl? -conduz a cantora a uma plataforma onde entoa o primeiro de uma série de êxitos seus, "Poker Face", com recurso a uma dramatização de movimentos, ora em solo firme, ora suspensa no ar.

Um último voo coloca-a no centro do palco para a secção mais arrebatadora e celebrada da noite - "Born This Way", "Telephone" e "Just Dance" - inclusão, euforia e comunhão na pista de dança, assente numa fiel e suada coreografia que recupera alguns dos movimentos icónicos dos videoclips - é o regresso aos dias áureos da Mother Monster.

O ritmo desacelera com a chegada do intimista "Million Reasons", canção estandarte do último Joanne, defendido com mestria ao piano e acompanhado pela massa humana junto ao palco, de "luminárias" em riste. Apoteose total com o derradeiro "Bad Romance" - ainda a melhor canção do seu percurso - que termina com um afundaço certeiro para o público. Touchdown!

Ainda que por breves dias, Lady Gaga volta a ser a estrela pop maior do firmamento, a entertainer de múltiplos encantos por quem um dia nos fascinámos. Talvez um dia volte a dominar o mundo, por agora o Super Bowl terá que servir.

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