Ídolos 2012: 5ª Gala- Top 7

Tema: Canções de Cinema
Concorrentes menos votados: Inês Herédia, Mariana Domingues e João Santos
Concorrente eliminado: João Santos (foi no entanto resgatado pelo júri)

Melhores Actuações

Diogo Piçarra-"Creep"




Teresa Queirós-"Walking On Sunshine"




Mariana Domingues-"Roxanne"




André Cruz-"(Everything I Do) I Do It For You"



A 5ª gala desta 5ª edição foi uma gala que ficou ligeiramente aquém às anteriores e ficou marcada por alguns desenvolvimentos inesperados. Vejamos caso a caso:

O Diogo voltou a ter pela 2ª semana consecutiva a melhor prestação da noite, conseguindo, inclusivé, superar-se face à gala anterior. Foi dono de uma magnífica actuação, encarnando na perfeição o espírito que o tema pedia. Depositou, como sempre, a sua alma naquele palco, mas desta vez deixou também as entranhas. Se dúvidas houvesse face à conspiração de que é alvo por parte do Manuel Moura dos Santos, nesta gala dissiparam-se: já diz o ditado que "o pior cego é aquele que não quer ver". Portanto, senhor Manuel, vá-se encher de moscas!

Ver o Diogo a ter o seu momento de glória, encheu-me de contentamento, mas nada se compara à alegria que tive pelo facto da Teresa finalmente não ter estado entre os menos votados. Dona de uma actuação estupenda, demonstrou, uma vez mais, a sua versatilidade e uma presença em palco incrível. Devo mesmo dizer que é para nós, espectadores, uma honra tê-la neste programa, visto que não é hábito ver-se uma concorrente da qualidade dela num programa como este. Estaria melhor inserida numa Operação Triunfo ou n'A Voz de Portugal e o facto de estar constantemente entre os menos votados só mostra o quanto os portugueses não sabem apreciar o seu valor. Mas hoje, pelo menos, fez-se justiça.

Uma das reviravoltas da noite deu-se com a presença da Mariana nos 3 concorrentes menos votados. Desde o início apontada como uma das mais fortes candidatas à final, foi um tremendo choque ver que pela primeira vez a sua permanência no programa esteve em risco. Talvez a sua versão de "Roxanne" não fosse do agrado do público ou talvez se tenha caído no erro de pensar que o seu lugar na final estava garantido e daí as pessoas se terem descuidado no voto. Teve uma actuação quase imaculada, poderosa, e nem de longe merecia ter estado em risco de sair. Esperemos que o susto não se repita.

O André escolheu um clássico do Bryan Adams e podia ter-se dado mal com a escolha. Tal não foi o caso. Não foi necessária a rouquidão característica do tema, pois ele compensou a sua ausência com uma interpretação notável e uma grande emoção que o levou a terminar o tema em lágrimas. Se no início pecava por uma certa artificialidade em palco, hoje mostrou uma veia emotiva que sinceramente me deixou baralhado. Não sei até que ponto terá tirado partido das suas lágrimas para cimentar a sua posição junto dos portugueses. Independentemente disso, mereceu ficar por mais uma semana.

A Inês esteve pela primeira vez em risco de sair, numa noite em que voltou ao registo que melhor lhe assenta. Com uma forte componente cenográfica, gostei do facto de ter cantado em inglês e português. No entanto, acho que o tempo dela no programa está a chegar ao fim e com uma eliminação dupla à porta, o mais certo é ela ser a próxima vítima.

O João teve a responsabilidade de inagurar o palco, só que as coisas não lhe correram lá muito bem. Achei a sua actuação muito desinspirada e pecou pela falta de garra e energia. No final, foi ele o escolhido pelos portugueses para abandonar o programa, mas, surpreendentemente, o júri utilizou o seu poder de resgate para que ele permanecesse em jogo. A meu ver foi uma decisão precipitada e acho que não justificou o resgate. O rapaz tem as suas qualidades e não merecia sair já, mas talvez tenham cometido um erro grave. Deveriam ter poupado esse poder para a Teresa ou até mesmo para a Mariana, que pode voltar a ficar em risco.

Margarida, Margarida... Hoje foi o dia em que deitou tudo a perder ao afirmar em directo que sente que não pertence ali e que talvez não queira isto tanto como os outros concorrentes. É certo que esteve bem na sua actuação mas está a ir pelo caminho contrário ao que devia ir. Dela esperava-se que fosse uma concorrente mais alternativa, com algo a dizer, e não simplesmente mais uma. Mesmo quando garantiu a sua permanência por mais uma semana, o seu rosto acusou um sentimento de culpa em vez de alegria genuína. Já disse o que tinha a dizer sobre ela, é uma pena vê-la nesta situação, mas se é para continuar assim o melhor será desistir e dar lugar a quem verdadeiramente quer estar ali. É que no final de contas não é o programa que é demais para ela, é ela que é boa demais para o programa.

Para a semana haverá uma eliminação dupla e temo que existam as tão hediondas injustiças do costume. Num cenário justo, seriam a Inês e a Margarida as eleitas, mas a volatilidade das votações indica que poderão existir surpresas desagradáveis. Resta ter fé no discernimento de quem vota.

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