8 nomes que gostava de ver ao vivo em 2015

O ano passado a "carta ao Pai Natal dos concertos" correu relativamente bem: em 8 pedidos, 5 concretizaram-se. Este ano, já se sabe, não há Rock in Rio para ninguém, mas há festivais de sobra que espero poderem vir a acolher alguns dos nomes da minha lista. Senhoras promotoras, esta é para vocês:

1- London Grammar


Uma das poucas novas sensações made in Britain que escapou ao circuito festivaleiro no ano passado foi o projecto de Dot, Dan e Hannah. If You Wait, a belíssima estreia, já conta com 16 meses, mas o público português ainda não teve a oportunidade de as escutar ao vivo. E não percebo muito bem porquê. Os fãs The xx - que ainda são bastantes - iam adorá-los, os demais iam ficar cativos à voz e beleza de Hannah Reid, para além de que encaixariam muito bem no cartaz de qualquer grande festival de Verão, se possível a tocar ao lusco-fusco e a terminar banhados pela luz das estrelas. Vá lá, por favor, não me façam começar uma petição #wehavewaitedlongenough


2- La Roux


Tenho muita fé na confirmação de La Roux para o NOS Alive ou Super Bock Super Rock. Porquê? Porque tenho ideia que é um projecto acarinhado pelo público português e também porque Elly Jackson encontra-se de momento em digressão a promover Trouble in Paradise, o excelente disco que terminou os 5 anos de silêncio editorial. Se for para os lados de Algés, dará continuidade a uma ligação que começou em 2010, tendo sido ali a estreia, quando "In for the Kill" e "Bulletproof" andavam na berra. Se os ventos soprarem antes para os lados do Parque das Nações, melhor ainda, pois assim terei mesmo que me estrear no SBSR, onde Florence Welch é ainda quem mais ordena. A questão é: can MEO Arena handle two hot gingers? 


3- Marina and the Diamonds


Fico despedaçado só de me lembrar que a estreia de Marina and the Diamonds no nosso país foi feita à chuva para um público que estava ali para ver Coldplay no Estádio do Dragão. Isto foi há quase 3 anos atrás. Desde então as canções da estreia tornaram-se icónicas, as de Electra Heart ganharam peso e as de Froot vêm a caminho - acho que já merecia um concerto em nome próprio. Vejo-a a rumar para o SBSR ou Marés Vivas, mas é senhora para encantar qualquer tipo de plateia. 


4- Glass Animals


Aqui não posso pedinchar muito pois ainda há escassos meses passaram pelo Musicbox e deixei-os escapar - foi em Outubro passado, por ocasião da edição anual do Jameson Urban Routes. O preço teria sido mais em conta e a ambiência talvez mais apropriada para a arrojada proposta exótica do quarteto londrino. As perspectivas também não são as melhores: continuam demasiado escondidos dos olhares do público e da crítica, de modo que não se tornam aliciantes para qualquer promotora. Mas, hey, com os Alt-J a subir de escalão para o palco principal do Alive, há uma vaga que fica livre na tenda Heineken. Sr. Covões, encontrou os seus freaks


5- The Maccabees


É sabido que Orlando Weeks e companhia estão de regresso aos palcos mesmo antes do aguardado regresso aos discos, estando inclusivé a testar as canções do sucessor de Given to the Wild nos novos concertos. Então porque não uma visita a Portugal? Penso que a última foi mesmo na edição de 2012 do Alive, por isso talvez seja tempo de visitarem Paredes de Coura... ou serão demasiado urbanos para o festival? Bem, os novos temas certamente ditarão as coordenadas. De qualquer forma é uma banda para a qual despertei nos últimos 3 anos e gostava de lhes pôr a vista em cima. 


6- James Vincent McMorrow


Não sei dizer ao certo se alguma vez este gentil senhor veio cantar a este país à beira-mar plantado, mas com um pouco mais de certeza posso afirmar que as canções do formidável Post Tropical não foram entoadas por estas bandas. Outra grande falha das promotoras. Estava tudo entusiasmado com Chet Faker que se esqueceram que havia um outro barbudo talentoso digno de igual atenção. Já para não falar que foi esquecido de grande parte das listas de melhores do ano. Está bem que o falsete e a soul glaciar do senhor não são a proposta mais indicada para uma noite quente de Verão, mas James Vincent McMorrow merecia mais atenção da nossa parte. É convosco, Paredes de Coura.


7- FKA twigs


Acho que qualquer mortal acalenta o desejo de poder ver Tahliah Barnett em carne e osso. E quase que aposto que anda por aí uma guerra de bastidores para apurar quem a consegue trazer cá. Seria um chamariz em qualquer cartaz. O desafio está em perceber como é que as canções de LP1 poderão ser transpostas para o palco sem comprometer a estética visual que tem cultivado nos vídeos tão transgressores. O melhor mesmo é estabelecerem ligação em directo da sua nave espacial. 


8- Years & Years


Fresco mais fresquinho não há. Estão para 2015 como Sam Smith esteve para 2014 em termos de burburinho pré-debute, vitoriosos na sondagem da BBC que consagra as maiores promessas de cada ano e mencionados também pela MTV e pelos BRIT Awards. E se a voz de "Stay with Me" não faltou à chamada na edição passada do NOS Alive, porque irão os autores de "Take Shelter" faltar à deste ano? Ora são capazes de dar uma rave nu-disco como chegar às falanges mainstream com a sua electropop cheia de groove R&B - a tenda Heineken é deles. 

Bem, agora é selar com amor, enviar pela world wide web fora e esperar que chegue às mãos certas. Quem sabe se daqui a 6 meses não será Natal outra vez.

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