Magníficos Materiais Desconhecidos: Classe de 2011




















É tempo de recordarmos os ilustres de 2011:

- Acho que nunca tinha compreendido bem o fundamento deste espaço até encontrar a Birdy, uma jovem absolutamente incrível como só conheci ainda outra até hoje. Teve um dos despertares mais belos que há memória, com o inesquecível "Skinny Love" e o disco de estreia que lhe sucedeu. É e será sempre especial para todos nós que a vimos aqui crescer.



- Jessie J tem um arranque extremamente bipolar: colérica e estouvada em "Do It Like a Dude", bem mais fraternal em "Price Tag". Não saberia o que pensar se não fossem as profecias dos críticos a indicarem-me o caminho. Grande voz e grande atitude que nunca soube canalizar de forma acertada nos discos. Mas nunca deixa ninguém indiferente.

- Os Foster the People são outros que tais que rejeito pela via do primeiro single, um tal de "Pumped Up Kicks", e que me convencem pela força de "Houdini". Pouco depois chega Torches e a coisa explode. Desde o primeiro instante que me sinto muito ligado a eles e temos conseguido crescer em conjunto.



- A Kimbra é a primeira descoberta em solo neozelandês e desde logo me cativa muito pela personalidade musical bastante fora da caixa: tinha traços de pop alternativa e fortes elementos de jazz e soul. É um pequeno génio em expansão, com firmes ideias sónicas e visuais que certamente se tornarão mais claras com o avançar da idade.

- O Ollys Murs é completamente cheesy mas com imensa pinta. Não há como não gostar dele: tem uma presença cativante, canções simples e orelhudas e é um entertainer nato, talvez o melhor que o Reino Unido conhece desde Robbie Williams.

- Penso que o Ed Sheeran foi o primeiro cantautor a surgir neste espaço e apesar de não me recordar ao certo como cheguei até "The A Team", lembro-me perfeitamente de sentir uma enorme compaixão pela canção e pelo vídeo. Senti que tinha de o tirar das ruas e torná-lo um pouco mais conhecido, nem que fosse só na minha. Hoje é o fenómeno que se sabe.



- Sempre achei de grande importância contar a história destes novos talentos e a de Oh Land é uma das que nunca esqueço: uma bailarina clássica que por motivo de lesão se vê obrigada a guardar definitivamente as sapatilhas e começa a fazer música como escape. "Sun of a Gun" foi o espantoso início do resto da sua vida.

- Nunca percebi muito bem se os Fenech-Soler (decididamente um dos nomes mais místicos que por aqui passaram) fazem electrónica criticamente aclamada ou não, mas acho que sempre tiveram alguma particularidade que os torna imediatamente reconhecíveis e cativantes. E foi por isso que não hesitei em dar-lhes a primeira vaga disponível do ano.

- Chego aos Two Door Cinema Club sem perceber que estava diante deles: seria um anúncio da extinta TMN a introduzi-los com "I Can Talk", cartão de visita a que se juntaria mais tarde o infalível "What You Know", que basicamente me levou a apresentá-los 18 meses depois do disco de estreia ter sido editado. Não dava para resistir.



- O ano terminava com Emeli Sandé, uma promessa tão boa que era impossível guardá-la para o início do ano seguinte. Mas foi exactamente isso que ela fez, na tentativa de se resguardar do fenómeno Adele. É uma força lírica, vocal e um portento de classe que conjuga tradição e modernidade como poucos.

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