O clássico esquecido de Paris Hilton
O ano era 2006. Entrava em cena um dos Verões mais arrasadores de que há memória com Beyoncé, Christina Aguilera, Nelly Furtado, Pink, Fergie ou Pussycat Dolls a entregarem-nos eras de renome, e a dividirem honras de protagonismo com Paris Hilton.
Por esta altura a socialite mais icónica do planeta já era mais do que o título de herdeira milionária que a antecedia, transformada em personalidade televisiva, autora best-seller e actriz tanto do pequeno ecrã como da grande tela. A carreira na música, inevitavelmente, não lhe escaparia também.
Para grande surpresa de todos, o arranque foi bastante fantástico. "Stars Are Blind", um aditivo objecto reggae-pop para degustar ao sol de Malibu, passava por uma canção que Gwen Stefani facilmente poderia ter dado voz caso a exploração a solo pós-No Doubt não fosse o completo oposto daquilo que fazia com a banda. Mas o charme e encanto são inequivocamente de Paris, entregue a uma produção imaculada de Fernando Garibay e a um registo vocal de Marilyn estonteante, complementado por um cálido vídeo monocromático que está para os anos 00 como "Wicked Game" de Chris Isaak esteve para os anos 90.
Caímos de amores por ela na altura, e assim continuamos 14 anos volvidos. Nunca mais a conseguimos levar a sério nas suas tentativas posteriores de actualização do catálogo musical, mas ninguém lhe tira o mérito e o assombro deste primeiro single. E é finalmente tempo de o aclamarmos sem reservas.
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