Magnífico Material Desconhecido #227

Kim Petras
                                                                                                                                                                

A crença de que Kim Petras poderá ser a próxima grande sensação da pop cresce de dia para dia. Bem, no papel a proposta desta jovem alemã de 25 anos é irrecusável, mas existem uns quantos antecedentes que tornam a sua internacionalização mais árdua. Mas tão mais saborosa caso se cumpra como é suposto.

Antes de se ter notabilizado pela sua música, foi mesmo a identidade de Kim a conferir-lhe atenção mediática dentro e fora de portas. Em 2008, quando contava apenas 16 anos, tornou-se numa das pessoas mais novas do mundo a realizar uma operação de mudança de sexo para o género a que sempre sentiu pertencer. Mas ainda que a transexualidade seja um elemento fulcral para compreendermos a sua história, não pode nem deve ser algo que a defina ou - sequer - à sua música. 

Os seus primeiros originais foram postados na internet em 2007 e o seu single de estreia foi lançado um ano mais tarde. Depois de mais um par de temas, em 2011 editava o seu EP de estreia - One Piece of Tape - e nos anos seguintes apostou em colaborações. No entanto, quando em 2014 Kim rumou a Los Angeles em busca de novos parceiros musicais, todos estes vestígios criativos foram eliminados da world wide web.

E chegamos a 2017, ano da sua estreia oficial e documentada. Sob o management de Larry Rudolph (responsável, entre outras, pela carreira de Britney Spears) e a supervisão musical de Dr. Luke - exacto, o outrora produtor infalível de que hoje em dia todos fogem como o Diabo da cruz - e de nomes como Cirkut ou Aaron Joseph, Kim Petras entregou-nos um punhado de canções envolvidas na melhor e saudosa dance/synthpop de final da década de 90 e início dos anos 00, suficiente para preencher um vistoso EP.

Ainda não existe previsão para um registo de estreia, mas a regularidade (e qualidade) com que os novos temas vão surgindo fazem crer que poderá ser este ano. Outro facto curioso? Kim assina pela editora independente BunHead, rejeitando tanto os benefícios como as dores de cabeça que a associação a uma major acarreta. Só mais uma estaca na montanha que herculeamente tem escalado.

Por aqui vamos acender umas quantas velinhas e continuar a deleitar-nos na perfeição pop dos seus bops:

"I Don't Want It At All"



"Slow It Down"



Se gostaram escutem também: "Faded", "Hills" e "Hillside Boys"

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