Magnífico Material Desconhecido #162

Tove Styrke

                                                                                                    

Que da Suécia nos chegam alguns dos maiores cérebros da pop do séc. XXI (Max Martin, Shellback, Klas Ahlund ou Bloodshy & Avant) já não é novidade para ninguém. Notem também que a sua expressão no mapa-mundi musical cresce de dia para dia: Avicii, Icona Pop, Lykke Li, Robyn, Loreen ou Tove Lo. Tudo malta que se exportou ao melhor nível das criações IKEA.

Ergue-se agora uma nova promessa com sério potencial de internacionalização, curiosamente com o mesmo nome da última grande exportação sueca - tivemos Tove Lo no ano passado e temos Tove Styrke agora em 2015.

Catapultada pela participação no Ídolos sueco em 2009, onde foi medalha de bronze, Tove Styrke fez um percurso igual a tantas outras estrelas que despontam nestes programas: foi-lhe dada a oportunidade de gravar um álbum electropop esquadrinhado milimetricamente para resultar bem nas tabelas, capitalizou o sucesso ao máximo enquanto pôde e desapareceu do mapa por opção própria. 

Aos 18 anos e com um disco de platina no bolso, Tove percebeu que o mais sensato seria abrandar o ritmo, permitir-se crescer e deixar nas mãos do destino a continuidade do caminho que quase lhe havia sido impingido. Dois anos de reclusão foram o bastante para compreender que não havia outra saída possível que não fazer da música o seu ofício.

Os laços foram retomados há cerca de um ano atrás ao assinar primeiro pela Sony Music UK e depois pela RCA Records, através da qual lançou o Borderline EP em Novembro último, já com declaradas intenções artísticas. Agora aos 22 anos, Tove Styrke prepara-se para editar Kiddo, cocktail pop servido com atitude e perícia sueca. Com a promessa de que, desta vez, é a valer:

"Ego", Kiddo

Lost in translation.

"Even If I'm Loud It Doesn't Mean I'm Talking to You", Borderline EP

Assim soaria um anúncio da Evax nos dias de hoje.

Se gostaram, escutem também: "Walking a Line", "Brag" e "Borderline"