Os 13 melhores singles de Avril Lavigne
São dezasseis anos (metade da sua vida, aliás) dedicados à arte de fazer canções: da angústia adolescente pós-grunge, à rebelião pop/punk fora-de-idade até à pop/rock confessional dos últimos esforços. Oportunidade mais do que ideal para fazer um balanço da obra de Avril Lavigne:
13º "Rock n Roll", Avril Lavigne (2013)- Aquele que deveria ter sido o primeiro cartão-de-visita do seu quinto álbum, é um lembrete em forma de esmagadora canção power pop/pop-punk de que Avril ainda é um espírito destemido, rebelde e jovem em consonância com os códigos de conduta do rock. No hilariante vídeo com assinatura de Chris Marrs Piliero, a cantora parte numa odisseia nonsense para salvar a causa. De alguma forma, resulta.
12º "Don't Tell Me", Under My Skin (2004)- Determinação, ira e um riff musculado em cama grungy - a era de Under My Skin começava auspiciosa com "Don't Tell Me", possivelmente o mais próximo que Avril alguma vez soou da compatriota Alanis Morissette. Com o mainstream preenchido por declarações de libertação carnal das congéneres Britney e Xtina, vozes como a dela e Pink reclamavam por respeito e carácter nas relações.
11º "Wish You Were Here", Goodbye Lullaby (2011)- Damn, damn, damn - what I'd do to have you here. "What the Hell" e "Smile" não o deram a entender, mas o seu quarto álbum de estúdio vivia de um maior intimismo e vulnerabilidade. "Wish You Were Here", terceiro e último single do registo, tratou de reflectir esse estado de alma com sucesso: um belo exemplar pop/rock sobre distância e saudade forjado pela dupla Max Martin/Shellback que poderia perfeitamente ter ido parar às mãos de Taylor Swift.
10º "Losing Grip", Let Go (2002)- Expressão máxima da angústia emocional e da sonoridade grunge praticada na estreia, "Losing Grip" beneficiava da pujança nu-metal de grupos então na berra como Korn, Linkin Park ou Limp Bizkit, e do facto de ser interpretado por uma teenager, aqui num completo torvelinho mental pelo distanciamento e desprezo de alguém outrora próximo. Percorram o que quiserem, Avril Lavigne não fica mais pesada que isto.
9º "He Wasn't", Under My Skin (2004)- Algures entre o nervo punk de "Sk8ter Boi" e o canto de cheerleader de "Girlfriend", nasceu "He Wasn't", a faixa mais acelerada, sonora e descarada do seu segundo álbum sobre - adivinharam - um namorado desleixado que recebeu ordem de marcha por não ser suficientemente atencioso. É notório o quão Avril se divertiu a gravar este vídeo.
8º "Keep Holding On", Eragon (2006)- Parece incrível que lhe tenha demorado uns quatro anos para recriar "I'm With You", mas a espera valeu a pena. Do pouco memorável filme Eragon (adaptado de uma mais recomendável saga literária) nasceu esta emocionante balada pop sobre amor incondicional e lealdade com assinatura de Dr. Luke, que figura como a única recordação do evento. Representa um dos momentos vocalmente mais fortes de Avril.
7º "Sk8er Boi", Let Go (2002)- He was a boy. She was a girl. E o resto é história. Desafiante na intitulação, engenhosa na construção lírica e infalível na entrega - "Sk8er Boi" ainda hoje permanece como uma das grandes malhas pop/punk do início do milénio, tendo ajudado a cultivar a imagem de maria-rapaz de Avril e trazendo uma nova luz à cultura do skateboarding entre as camadas jovens.
6º "Girlfriend", The Best Damn Thing (2007)- 2007 trouxe umas quantas coisas incompreensíveis. O meltdown de Britney Spears. O aparecimento da snap music. Ou a vez em que Avril Lavigne passou para o lado cor-de-rosa da força. Foram dias dolorosos. Com inspiração directa em "Mickey" de Toni Basil e um berrante revestimento bubblegum-pop/punk da lavra de Dr. Luke, a intérprete canadiana conseguia aqui o maior êxito da sua carreira, bem como uma valente alienação da sua base de fãs. Glória ao vídeo, que foi o primeiro na história do YT a chegar aos 100 milhões de visualizações.
5º "When You're Gone", The Best Damn Thing (2007)- Avril sempre teve um condão especial para as baladas. "When You're Gone" foi uma estranha forma de suceder a "Girlfriend", é verdade, mas veio atribuir uma desejada profundidade emocional a um álbum um tanto imaturo, com a sua combinação de saudade, piano e cordas dolentes e interpretação arrebatadora. Foi a primeira vez em que lhe escutámos, efectivamente, uma canção de amor.
4º "Nobody's Home", Under My Skin (2004)- Quase sempre protagonista das suas composições, em "Nobody's Home" - marcante terceiro avanço de Under My Skin com guitarras ao alto - Avril tornou-se narradora ausente de uma história que envolve uma rapariga errante e à deriva na vida, reflectida no respectivo vídeo. Permanece ainda como um dos singles mais maduros e corpulentos do seu catálogo.
3º "I'm With You", Let Go (2002)- "Complicated" e "Sk8er Boi" foram bons cartões de visita, mas a haver forma de levar uma adolescente de 17 anos mais a sério, seria com "I'm With You". A apaixonante balada pop/rock sobre conforto e auxílio em tempos conturbados trouxe-lhe credibilidade, outros tantos devotos e mais um êxito considerável para o seu registo de estreia. É ainda a sua balada de assinatura.
2º "My Happy Ending", Under My Skin (2004)- O rapaz do skate não demorou muito a partir-lhe o coração. Envolta em remorso e desolação, Avril dá-nos em "My Happy Ending" um dos mais significativos hinos de separação dos tempos modernos. Trata-se de outro notável pedaço de pós-grunge com assinatura de Butch Walker, arrancado às páginas do diário de todos nós. #notlikethemovies
1º "Complicated", Let Go (2002)- Uh-huh, life's like this. O dia em que Avril Lavigne irrompeu na nossa vida com o seu squad masculino a provocar o caos no shopping e um monumental hino contra a sociedade de aparências no bolso, continua a ser o mais inesquecível. Logo desde o princípio a marcar uma tomada de posição contra a pop-cosmética de Britney e Xtina e a incitar toda uma geração a revelar as suas verdadeiras cores. Valer-lhe-ia duas nomeações para os Grammys - e o nosso amor para a vida.
Comentários
Enviar um comentário