8 temas de Ariana Grande que teriam dado singles fantásticos
A completar cinco anos de actividade musical e com o recém-lançado Sweetener a reforçar o seu estatuto de maior estrela pop feminina da sua geração, impera celebrarmos a carreira de Ariana Grande com um punhado de canções fantabulásticas que, não tendo chegado a single, ajudam a explicar a sua ascensão:
1) "Honeymoon Avenue", Yours Truly (2013)- Quando uma jovem estrela do Nickelodeon emerge na cena musical com uma canção desta lavra, sabe-se que é para a vida. Portento doo-wop com influências urbanas, "Honeymoon Avenue" versa sobre os estágios finais de uma relação e o desejo de voltar ao maravilhoso início. É verdade que as coisas ficam um pouco estranhas nos últimos 30 seg, mas para trás ficam cinco minutos de arranjos e vocalizações prodigiosas.
2) "Greedy", Dangerous Woman (2016)- Na altura de escolher um 4º single para Dangerous Woman, "Greedy" parecia o mais óbvio candidato, mas agora e já como dantes, havia o risco de que a sua inescapável toada disco-pop fosse, bem, demasiado pop para os parâmetros da rádio, adaptada que estava aos ditames hip hop/R&B da temporada. Como resultado, "Everyday" saiu em auxílio do álbum, mas cedo se desvaneceu. E se a editora tivesse corrido o risco? - a pergunta ficará sempre no ar.
3) "Be My Baby", My Everything (2014)- O álbum da sua afirmação comercial tinha pernas para um quinto e eventual sexto single destinados ao Verão de 2015. "Be My Baby", deslumbrante feel-good song pop/R&B com assinatura de Benny Blanco e do norueguês Cashmere Cat, seria logo o primeiro em linha. Mas Ariana tinha outros planos: o semi-desastre "Focus" aconteceria poucos meses depois.
4) "Bad Decisions", Dangerous Woman (2016)- Aí está também a feel-good song de Dangerous Woman, com uma Ariana absolutamente inebriada e de discernimento toldado pelo amor selvagem do seu parceiro. Podia ter entrado para as contas de single, é certo, mas não se perfilaria nos três primeiros candidatos. Não obstante, o verso "ain't you ever seen a princess be a bad b*tch?" fica para a posteridade - e arruma qualquer inocência que tenha ficado dos tempos do Nickelodeon.
5) "Break Your Heart Right Back", My Everything (2014)- Teria sido bastante interessante observar os efeitos da chegada a single de "Break Your Heart Right Back", uma canção que vive entre o azedume e a sátira de saber que um namorado troca a sua parceira por outro rapaz - um ângulo pouco explorado nos meandros da pop. Como se a premissa não fosse suficiente, o acertado sample de "I'm Coming Out" de Diana Ross torna tudo ainda mais irónico e engenhoso.
6) "Touch It", Dangerous Woman (2016)- Preparados para artilharia pesada? Pepita reluzente da segunda metade de Dangerous Woman, "Touch It" figura como a versão evolutiva de "Love Me Harder", com Ariana a perder mais algumas camadas de inocência e a confessar como o toque do seu parceiro a leva ao delírio. Pura dinamite synthpop alinhavada por Max Martin e Ali Payami.
7) "Hands on Me", My Everything (2014)- It's your birth-daay! Híbrido pop-rap de influências orientais forjado por Darkchild e a canalizar algumas vibrações de "Outrageous" de Britney Spears, anunciava a carga sexual que em breve permearia grande parte do seu catálogo. E talvez tenha sido melhor permanecer escondido, porque obrigaria a uma quanta depravação que possivelmente lhe traria problemas. "Side to Side" aconteceria dois anos mais tarde. Oh well.
8) "Thinking Bout You", Dangerous Woman (2016)- Pode não ser consensual, mas é algo que vale a pena defender: este é muito bem capaz de ser o melhor tema "escondido" de Ariana. Encerra desejo, saudade, melancolia e êxtase numa brilhante produção pop celestial onde cabem ecos de Yours Truly e My Everything. Remata de forma perfeita o disco e teria sido um belíssimo ponto final na campanha promocional de Dangerous Woman.
A mais cinco anos de música fantástica e feitos igualmente impressionantes. Love ya, Ari gurl.
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