8 canções incríveis das Little Mix na sombra dos singles
A girlsband favorita de todos nós edita por estes dias LM5, quinto álbum de estúdio de um percurso sempre em curva ascendente que leva já sete anos. Razão mais do que suficiente - como se precisássemos de alguma, pff - para vasculhar no catálogo de Jesy Nelson, Perrie Edwards, Leigh-Anne Pinnock e Jade Thirlwall e destacar oito temas fantásticos perdidos algures entre os singles:
1) "You Gotta Not", Glory Days (2016)- Não há muito para discordar acerca da escolha de singles para o quarto álbum, mas se a reedição não estivesse nos planos, Glory Days poderia ter chegado com saúde a uma quinta amostra se a carta jogada correspondesse a "You Gotta Not", hino feminista na linha de "Ain't Your Mama" e da pop melódica e assertiva de Meghan Trainor, aqui com créditos na escrita.
2) "Weird People", Get Weird (2015)- Existe uma certa jovialidade e diversão nas canções das Little Mix que se perdeu de certa forma depois do álbum nº3. "Weird People", algures entre a pop bubblegum de "Hey Mickey" e da sua pópria cover de "Word Up", banha-se numa chuva de confettis enquanto apela à manifestação na pista de dança do lado mais esquisito que mora em cada um de nós.
3) "Oops", Glory Days (2016)- Porventura a melhor canção da banda a não ter chegado a single - teria ficado ali tão bem metida depois de "Shout Out To My Ex" e antes de "Touch", no Natal de 2016 - "Oops" soa à versão melhorada de "Love Me Like You" do álbum anterior: um cintilante pedaço de retro pop à moda das girl groups dos anos 60, sobre voltar para os braços de um ex e pontuado pela produção e colaboração vocal de Charlie Puth, aqui também a emular o seu "Marvin Gaye".
4) "Love Me Or Leave Me", Get Weird (2015)- Vamos supor por um momento que "Secret Love Song" tinha sido deixado fora das contas de singles e era "Love Me Or Leave Me" - sem dúvida a balada-mestra do catálogo das Little Mix - que tinha a oportunidade de brilhar. Talvez não superasse a performance deste, mas ninguém ficaria alheio à emoção e amadurecimento vocal - Perrie e Leigh-Anne brilham em particular - por ele propagado. Choremos juntos.
5) "Stereo Soldier", DNA (2013)- À parte dos quatro singles certeiros, não há muito mais que valha a pena reter na memória no debute de Perrie, Jesy, Jade e Leigh-Anne. Excepção feita a este bombom pop percussivo de harmonias divinais, esquadrinhado pelo mesmo colectivo de produtores que assinou "Wings" e "DNA", também do mesmo álbum. Left, right, left, whoo!
6) "Private Show", Glory Days (2016)- Nos primórdios das Little Mix havia um certo pendor R&B que lhes assentava na perfeição ("Move", "How Ya Doin'?", anyone?), como se fossem herdeiras do som praticado pelas Destiny's Child, Mis-Teeq ou Sugababes circa 2003 em diante. "Private Show" é a pérola escondida das faixas finais de Glory Days, um fabuloso e assanhado número funky R&B, algures entre "Get Right" de J-Lo e o seu próprio "Lady Marmalade". Rrrrrrr!
7) "Lightning", Get Weird (2015)- Numa altura em que a pop estava a ficar contaminada pelas sonoridades trap, também as Little Mix quiseram fazer o seu "Dark Horse". "Lightning" é um dos seus temas mais aventurosos à data, uma odisseia trap-pop mística de cinco minutos que soa ao híbrido entre "DNA" e "Salute". Vivemos todos para a nota magistral de Perrie aos 4:20.
8) "Grown", Get Weird (2015)- Lançado como último single promocional de suporte a Get Weird, "Grown" versa sobre como uma rapariga anteriormente invisível aos olhos de um rapaz passa a ser cobiçada assim que deixa de gostar dele, rejeitando assim as suas investidas para inverter o rumo dos acontecimentos - aí está mais um exemplar de pop enérgica e jovial em que certo dia foram peritas.
Que esta irmandade nos possa continuar a dar canções de qualidade e a mostrar a todas as outras miúdas como uma girlsband se pode manter unida e crescer em conjunto, sem dramas à mistura.
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