Os melhores singles de Nick e Joe no interregno dos Jonas Brothers

Sem nada que o fizesse prever, os Jonas Brothers voltaram. E a verdade é que estão a protagonizar um regresso fantástico: "Sucker" entrou disparado para o nº1 da Billboard Hot 100, motivado pelo súbito ataque de nostalgia, sim, mas porque é sobretudo uma óptima canção pop capaz de os alinhar na configuração musical de 2019.

O sucesso da reunião inesperada do trio pode ter apanhado todos de surpresa, mas o certo é que Nick e Joe Jonas nunca saíram propriamente do radar, embrenhados nos seus projectos paralelos. Pegamos e ordenamos então numa contagem decrescente as melhores canções que daí resultaram:

8º DNCE- "Toothbrush" (2016)- Houve uma altura em que os DNCE tiveram o potencial de se tornar maiores que os Jonas. Foi imediatamente a seguir ao êxito de "Cake by the Ocean", certeiramente sucedido por "Toothbrush", uma estilosa construção pop-funk cortesia de Ilya sobre não deitar tudo a perder nos primeiros estágios de um relacionamento. Não chegou ao top 40, mas manteve acesa a fé no grupo. 

7º Nick Jonas- "Jealous" (2014)- É inegável afirmar que este é o single mais bem-sucedido lançado por algum dos irmãos - mas não o melhor. "Jealous", uma estonteante composição synthpop/R&B com um impecável falsete pelo meio, foi decisiva para a afirmação a solo do benjamim da família, aqui a versar sobre como os ciúmes e a insegurança também se colocam no seu caminho. A vulnerabilidade compensa: foi nº7 nos EUA e nº2 no Reino Unido.

                                                              

6º Joe Jonas- "See No More" (2011)- É curioso pensar como Nick conseguiu emancipar-se a solo, mas Joe não. O irmão do meio ficou-se por uma despercebida tentativa, Fastlife (2011), recebida com pouco entusiasmo tanto pelas massas como pela crítica, mas que teve em "See No More" um muito decente cartão-de-visita pop/R&B algures entre o catálogo de Chris Brown e a produção ginasticada de Timbaland. Os tempos não só estavam de feição para o EDM, como o destino tinha outro rumo planeado para Joe. 

5º Nick Jonas feat. Anne-Marie & Mike Posner- "Remember I Told You" (2017)- Os últimos singles lançados por Nick já davam a entender uma certa desorientação artística - talvez por isso nunca se tenham materializado num álbum. Ainda assim, "Remember I Told You" consegue um lugar no lote dos mais memoráveis do seu percurso: uma estupenda infusão electro-R&B que se desenrola quase como sessão de terapia para um casal à beira da ruptura. E não esquecer que é ilustrado por um vídeo fantástico. 

4º DNCE- "Body Moves" (2016)- Ooww! Foi na entrada para o álbum de estreia que as coisas começaram a esfriar para os DNCE, apesar de ser anunciado por um dinâmico pedaço de funk-rock libidinoso a trazer para estúdio a energia ao vivo da banda, e de ter sido complementado por um vídeo fortemente apelativo e devasso. Bem que podiam ter sido a concorrência que os Maroon 5 precisavam. 

                                                             

3º Nick Jonas feat. Tove Lo- "Close" (2016)- Poucos previram este dueto e esta exploração sónica por parte de Nick - não sendo um hit de grandes dimensões, "Close" permanece como a sua faixa mais interessante (e a única que se aproveita de Last Year Was Complicated, aliás). Do seu primeiro encontro com o duo sueco Mattman & Robin resulta pura alquimia pop erótico-etérea, sobre a dificuldade de demonstrar vulnerabilidade perante o parceiro. Soltam-se faíscas com Tove Lo.

2º DNCE- "Cake by the Ocean" (2015)- Ah ya ya ya ya-I! Esse dedo no ar para quem foi apanhado desprevenido com a terceira vida de Joe Jonas. Irresistível e divertido pedaço de disco-funk de baixo sedutor e letra altamente lasciva (com que então "bolinho na praia"... hum hum), anunciou com estrondo os DNCE, mas teve um desabrochar lento, esperando quase um ano para se tornar no hit merecido em plena Primavera/Verão'16. 

1º Nick Jonas- "Levels" (2015)- Rooftop! Em 2015, Nick rematava a era do segundo álbum com uma reedição que existiu praticamente para dar vida a este "Levels", monstruosa faixa electropop de recorte clubby que lança os seus trunfos todos em menos de 3 minutos: a interpretação arrasadora, a produção insana de Ian Kirkpatrick e dos Monsters and the Strangerz e um vídeo incrível a acompanhar - o legado dos Jonas não fica melhor do que isto.

                                                           

E agora vamos (secretamente) revisitar a playlist de essenciais dos Jonas Brothers. Só para não ficarmos de fora, claro.