OUVIR: Lana Del Rey- Honeymoon

Dark blue



O prazo de validade das canções de Ultraviolence era suficiente para manter Lana Del Rey num sono regenerador de pelo menos dois anos, mas a fraca recepção comercial ao disco ditou que a sua autora não interrompesse o ciclo criativo e gravasse um novo álbum antes do esperado.

Perante um problema de expectativas, a solução está quase sempre em voltar ao início. E para a voz de "Video Games", retornar às origens significa trocar a brisa quente do deserto pelas colinas de Hollywood, dispensar Dan Auerbach e chamar de volta Rick Nowels. O primeiro avanço deve mais ao EP Paradise do que ao primogénito Born to Die, dramaticamente noir, opulento e banhado num ror de cordas faustosas. Sinais do trip hop que marcava a estreia, nem vê-los, ainda. 

Apesar da premissa de faixa áudio, os 30 primeiros segundos da canção são ilustrados pelo presumível vídeo cheio de grão e a prestar homenagem à Super 8. Honeymoon, o álbum, chega em Setembro e o facto de ser um dos mais aguardados do último semestre, diz muito ainda do charme encantatório de Lana Del Rey.

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