As aventuras jazzísticas de Haley Reinhart


Haley Reinhart é absolutamente fenomenal. Quase que é preciso termos nascido na América para o saber também, mas assim que ultrapassamos o estigma associado a antigos concorrentes do American Idol e valorizamos as sugestões do YouTube ou Spotify, a descoberta torna-se uma realidade e o arrebatamento é puro. 

Uma das minhas missões para 2019 passa então por partilhar o esplendor de Haley: o primeiro passo foi dado com a review a Lo-Fi Soul - de que estão à espera para ouvir? - uma das surpresas e pérolas melhores guardadas do ano, e o segundo consiste na recuperação do seu repertório jazz, construído algures entre 2015 e 2018.

Das aventuras a bordo com os Postmodern Jukebox pontuam um "Habits" luminoso capaz de despir a tristeza alucinogénica da original; um "Creep" em tons vintage entregue numa notável tour-de-force vocal; um "Oops!... I Did It Again" gingão com a volúpia de Marilyn Monroe, ou um "Seven Nation Army" tecido com a atmosfera burlesca de um clube de Nova Orleães.

E depois há duas brilhantes amostras da estreia em disco do actor Jeff Goldblum - quem diria? - que escolhe Reinhart para dar nova vida a "My Baby Just Cares For Me" de Nina Simone e a "Gee Baby (Ain't I Good To You)" imortalizado por Nat King Cole. 

É o seu lado de Fitzgerald a vir ao de cima, como "Honey, There's the Door" já nos havia mostrado. A postura é de outro mundo, a voz é estonteante e imprime classe, garra e coração como poucos - como não idolatrar?


Todos os posts deste mundo serão poucos para enaltecer a qualidade de Haley Reinhart. Conheçam, aclamem e partilhem a sua arte: temos que estimar músicos maravilhosos como ela.

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