Abram alas para a incrível Lizzo
A fermentar desde o começo da década, a norte-americana Lizzo é uma força emergente que ninguém pode parar - vejam-na só a tornar-se no Macklemore feminino de 2019.
Melissa Jefferson, de seu nome verdadeiro, fez escola numa série de grupos indie hip hop antes de se aventurar numa carreira a solo que já proporcionou dois álbuns - com um terceiro a caminho, mas já lá vamos - editados de forma independente e de escasso impacto, mas amplamente aclamados.
As canções sonantes e multidimensionais captaram a atenção da Atlantic Records que em 2016 lhe deu uma plataforma maior para editar Coconut Oil, o seu primeiro flirt com o mainstream. O EP de seis faixas recebeu os préstimos de Ricky Reed ou Jesse Shatkin - que no currículo contam com trabalhos para os Twenty One Pilots, Sia, Kesha ou Meghan Trainor - e esteve perto de ter um êxito viral pela graça e encanto de "Good as Hell".
Ao longo dos últimos dois anos foi expandindo o seu perfil com uma série de vídeos certeiros e bem humorados que atestaram a sua personalidade carismática e esfuziante, mas é com a chegada de 2019 que tomamos noção da sua evolução natural para o estrelato pop. As primeiras pistas foram dadas com "Juice", uma imensa canção funk-pop com rap dentro entregue num bombom visual repleto de referências aos anos 80. Nas últimas semanas a intérprete tem defendido o tema ao vivo em aplaudidas actuações, como no talk show de Jimmy Fallon ou no de Ellen, por isso é bem possível que ainda o vejamos a escalar tabelas por esse globo fora.
Por estes dias revelou o segundo avanço do novo álbum, "Cuz I Love You", uma furiosa balada soul dos sete costados com piano à Fantasma da Ópera, assente numa monumental entrega vocal que ninguém sabia que Lizzo possuía. O disco com o mesmo nome sai a 19 de Abril e só se pode esperar que esteja entre os melhores documentos musicais do ano.
Rise and shine, gurl.
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