Hidden Treasures- Britney Spears (3º-1º)
3º "Unusual You", Circus (2008)
2º "Freakshow", Blackout (2007)
1º "Phonography", Circus (2008)
É a meio do alinhamento de Circus que se encontra este belíssima preciosidade, um momento de rara clarividência que foge à tão habitual temática sexualizada que se ouve na maioria dos seus temas. Em "Unusual You", Britney sucumbe aos encantos de uma avassaladora paixão sob uma etérea camada synthpop, cortesia da dupla Bloodshy & Avant. É de um charme e subtileza dignos de uma honrosa senhora.
2º "Freakshow", Blackout (2007)
Blackout é icónico em inúmeros aspectos. Um deles será o facto de Britney ter sido a artista pop pioneira no uso do dubstep, hoje cada vez mais massificado, mas que em 2007 não passava de um segredo bem guardado da cena underground. O insanamente delicioso "Freakshow" é o expoente máximo dessa experimentação, uma extraordinária criação de Bloodshy & Avant e The Clutch que ainda hoje soa incrivelmente bem. Simplesmente arrasador.
1º "Phonography", Circus (2008)
Não foi fácil chegar aqui, confesso. Tive de utilizar como critério qual o tema de Britney que mais me despertou interesse ao longo de todos estes anos. Foi então que cheguei a "Phonography", tema bónus (são sempre os melhores!) da era Circus. É sofisticado, sedutoramente perigoso e fabulosamente produzido pelos brilhantes Bloodshy & Avant, uma vez mais. O instrumental assombra-me e persegue-me desde o primeiro dia. É, para mim, o seu melhor tema desconhecido.
É assim que termina a viagem pelas relíquias esquecidas de Britney Spears. Deu-me um gozo enorme fazer esta iniciativa e espero que vocês tenham gostado tanto como eu. E porque para mim falar de Britney é recordar a minha génese de melómano, é provável que o ano não acabe sem haver outro especial a ela dedicado...
Quanto a esta colecção de Hidden Treasures, há algumas ilações a retirar:
1) Apesar de Circus ser o seu álbum mais representado (5 tesouros), é seguro dizer que o meu álbum favorito continua a ser o In the Zone. Foi um dos primeiros álbuns que ouvi na vida e marcou-me a ferro e fogo, cultivando a minha paixão pela pop. Se hoje tenho este blog e um imenso amor pela música, a ele o devo.
2) Não foi por uma questão de ignorância que deixei de lado os seus 3 primeiros álbuns. Simplesmente não incluí nenhum tema a eles alusivo porque achei que não estavam à altura daquilo que é Britney Spears em todo o seu esplendor.
3) Se houvesse um prémio para melhor produtor, sem dúvida que iria parar às mãos da dupla sueca Bloodshy & Avant. Eu próprio construiria uma estátua como forma de agradecimento a tudo o que eles fizeram pela carreira de Britney. Vendo bem as coisas, eles são autores de 9 tesouros que por aqui passaram. E além do mais, criaram "Toxic", o mais grandioso monumento pop do séc. XXI. São deuses autênticos.
4) Já que falamos de produtores, aproveito para fazer uma espécie de alinhamento de luxo. Um álbum brilhante de Britney teria então que ter as contribuições de: Bloodhsy & Avant (sempre!), The Neptunes (a quadrilha de Pharrel Williams), Danja (o espalha-brasas), breves aparições (leia-se sem exageros) dos obrigatórios Max Martin e Dr. Luke (os grandes magos da arte de fazer um excelente tema pop) e uma balada ou outra de Guy Sigsworth. É altamente improvável que um elenco destes se junte de uma vez só mas, a acontecer, faria tremer a Terra.
5) Britney Spears continua a ser a minha grande paixão musical. Atenção, não sou fanático nem tento fazer dela uma divindade musical. Acima de tudo tenho um grande respeito e carinho por ela, por tudo o que alcançou e o que significou para mim nos tempos de infância e adolescência. Não é vergonha gostar dela, vergonha é dizer que não se gosta (ou fingir que não se gosta) e dizê-lo sem conhecimento da causa, sem querer conhecer o seu legado.
A viagem fica por aqui, mas a história de Britney está longe de terminar. Até à próxima!
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