Portugal a Ferver: Brass Wires Orchestra

No último dia desta semana temática importa falar de uma banda pioneira nos domínios da folk feita em Portugal. Num ror de cordas e metais e de um batalhão de elementos - 8 ao todo - eis os Brass Wires Orchestra.

Tudo começou em Setembro de 2011, por mera brincadeira, quando Miguel da Bernarda convidou alguns músicos amigos para tocar versões de artistas em concertos de rua. A coisa evoluiu, com o nascimentos dos primeiros originais, e com uma ajudinha dos populares que colocaram excertos dos seus concertos no youtube, que obtiveram milhares de visualizações.

Em 2012 participaram no concurso Hard Rock Rising, uma batalha global de bandas, acabando por ganhar e actuar em Londres, prémio que lhes serviu de rampa de lançamento. Seguiram-se actuações em festivais portugueses como Paredes de Coura, Vodafone Mexefest ou na recente edição do Optimus Alive, concerto a que tive o prazer de assistir e que os levou a serem entrevistados na prestigiada publicação inglesa New Musical Express (NME).

Talento e originalidade, têm-no de sobra. Reconhecimento, também, e não só no país como além-fronteiras. Falta apenas o disco de estreia, materializado em Cornerstone, nas lojas já no próximo mês de Setembro. "Tears of Liberty" é apenas uma das muitas razões para tê-los debaixo de olho.  



E assim chega ao fim esta iniciativa inédita que, durante 7 dias, vos trouxe uma série de artistas que reflectem a grande fase criativa e entusiasta que a música portuguesa atravessa. Best Youth, Capitão Fausto, White Haus, peixe : avião, Octa Push, Gisela João e Brass Wires Orchestra são apenas a face mais visível desse movimento que dignifica o nosso país, mas muitos mais há para descobrir e que contribuem também para a causa.

Oiçam música, seja ela de que género e língua for, mas reservem sempre um espaço para os artistas nacionais: escutem, apreciem, divulguem-na. São eles que contam a nossa história e levam o nome de Portugal mais além. E não ficam nada atrás do que se faz lá fora. A música portuguesa é de facto maravilhosa e só não percebe isso quem não quer ver e ouvir. Até breve e aguardem mais iniciativas do género num futuro próximo.