Ava Max: A Nova Esperança da Pop Vista à Lupa


Possivelmente já ouviram falar dela e quase de certeza que já tropeçaram em "Sweet but Psycho", o infalível single de estreia a devolver o protagonismo à pop enquanto congregadora de preferências, como há muito não acontecia. Mas quem é Ava Max?

De seu nome verdadeiro Amanda Ava Koci, é filha de pais albaneses, tendo nascido em território norte-americano há 25 anos. Herdou da mãe, cantora lírica, os dotes de canto, que poliu ao longo da infância em várias competições. Em 2017 assinou pela Atlantic Records e de lá para cá editou um punhado de temas a solo e algumas colaborações discretas, sendo que o burburinho se começou a adensar no final do ano passado graças ao referido hit, já número 1 em 15 países.



Desde logo lhe foram apontadas semelhanças a Lady Gaga. A voz robusta e distintiva, o look disruptivo (cabelo longo de um lado e curto do outro, o dito Max Cut) e uma imensa canção pop na algibeira forjada pelo mesmo produtor de êxitos de The Weeknd, Britney Spears ou Katy Perry. Afinal, passavam dez anos da chegada desse ovni synthpop que foi "Just Dance" e - caso não estejam a par - a pop desespera por uma nova princesa que possa aclamar.

Além do mais, a ascendência sorri-lhe. Ava é a próxima numa linhagem de estrelas albanesas que têm encontrado aclamação mundial: Rita Ora, Bebe Rexha e Dua Lipa que o digam. A jogar contra si, apenas a idade: completa 26 anos já no mês que vem, um nadinha tarde para se lançar rumo ao estrelato mundial. A ser bem sucedida, estará a puxar as fronteiras de uma debutante, como Gaga (22) e Katy Perry (23) o fizeram quando bateram à porta do mainstream. Mas não será por aí que o seu destino não se cumprirá.



É a qualidade das canções e, sobretudo, a forma como irá gerir os seus próximos passos que ditarão o rumo da sua carreira. Se olharmos para o catálogo disponível, constatamos que a moça se tem pautado por escolhas inteligentes: do assertivo "My Way", passando pelo igualmente aditivo "Salt", até ao brilhante re-tratamento feminista concedido ao clássico "Barbie Girl" dos Aqua, percebe-se que o sucesso em torno de Ava Max não é fruto do acaso.

E mesmo antes da aclamação ter chegado, já existia quem apostasse nela. David Guetta recrutou-a para dar voz a "Let It Be Me" do seu mais recente álbum, enquanto o DJ norte-americano Vice e Jason Derulo erguem o sensual disco-funk de "Make Up" com a sua ajuda. Calvin Harris e os Chainsmokers estão neste momento a fazer telefonemas, adivinha-se.



Com grande parte da Europa e da Oceânia subjugadas, a próxima meta de Ava Max terá naturalmente de ser a conquista dos seus compatriotas - o derradeiro passo para a validação definitiva da sua ascensão. E isto significa maior notoriedade nos canais digitais e tempo de antena nos principais programas norte-americanos, porque de momento muito pouco se sabe da intérprete em si. E, como é sabido, nenhuma estrela pop funciona nos dias de hoje sem uma personalidade carismática e fortes convicções. A legião de admiradores virá logo de seguida.

Sem pressão, estamos todos a fazer figas para que resulte.

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