Into the Music Awards 2010-2019: Melhor Banda


Os Arctic Monkeys já soavam à melhor banda da sua geração, e no decorrer dos anos 10 passaram a agir como tal, ganhando temperamento, arrojo e indiscutível classe; os Coldplay, por seu lado, perderam algum do brio criativo que marcou o seu trabalho na década passada, passando a abraçar de vez o lado pop e de banda de estádio que sempre envergaram; os Everything Everything são a banda mais intrincada e desafiante que o Reino Unido deu ao mundo esta década e raramente têm a aclamação crítica e comercial merecida; Florence and the Machine emergiu como a Kate Bush do seu tempo, fonte de prodigiosas e atormentadas criações barrocas, procedendo à remoção de camadas sónicas e de vulnerabilidade à medida que a década avançava; e os Foals não fizeram outra coisa se não editar álbuns de rock monumental que ajudaram a construir uma respeitada reputação ao vivo. 

As Little Mix foram as melhores representantes mundiais das girlsbands esta década, crescendo em sucesso e ambição, e mantendo-se unidas quando todas as suas congéneres cediam ao drama; os Paramore foram mestres na arte de superar as adversidades e explorar novas tonalidades, evoluindo de forma notável para lá do rótulo emo com dois álbuns deveras consistentes; os Tame Impala tornaram-se na melhor exportação australiana este milénio com três manuais de rock e pop psicadélica que marcam a década a ferro e fogo; os The 1975 ficam para a história com os seus discos de títulos densos e pela ambição sem fim que os leva a atravessar e mesclar géneros estilísticos como ninguém; e os Vampire Weekend mantiveram incólume o seu registo de discos excepcionais, apenas perturbado pela saída de Rostam e um hiato (demasiado) longo.

 Para uma delas, a união fará a força determinante:

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