Into the Music Awards 2010-2019: Melhor Artista Feminina


Adele surgiu como santa padroeira dos milagres para salvar a indústria do seu inevitável declínio com um portentoso cancioneiro soul/pop construído em torno das suas crónicas de desolação romântica; Ariana Grande foi progressivamente escalando degraus até ser considerada uma das artistas pop mais ubíquas e aclamadas do seu tempo; Beyoncé passou de sonante artista de singles para respeitada artista de álbuns capaz de revolucionar a forma como estes são entregues e portadora de uma mensagem com peso político-social; Charli XCX passou de instigadora com atitude pop punk para suprema rainha dos maiores bops futurísticos que escutámos esta década; e Katy Perry foi sempre a estrela pop imbatível que melhor compreeendia o seu público, até que a inevitável crise a atingiu e a deixou à deriva.

Lady Gaga foi a mais audaz e irreverente dos astros pop, flutuando entre fases de domínio mundial, irrelevância artística e de segundo fôlego comercial; Lana Del Rey foi a mais produtiva e aventureira das senhoras em destaque, agraciando-nos com cinco fabulosos discos de estúdio que encerram explorações dream pop, trip hop, alt pop, rock psicadélico, trap e soft rock; Pink foi a única das estrelas pop da sua geração a saber contornar os efeitos do tempo e do cansaço de profissão, ripostando com álbuns maduros e concisos; Rihanna passou por múltiplas metamorfoses e mutações sónicas, conservando sempre a supremacia comercial, primeiro, e alcançando mais tarde a aclamação crítica; e Taylor Swift tem dos percursos mais galácticos e dignos de estudo da década, capaz de transitar com estrondo do filão country que sempre dominou, para o campeanto pop que passou a liderar com afinco.

Cabe-vos escolher qual delas detém o título supremo:

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