Hidden Treasures: Rihanna (3º-1º)

3º "Love Without Tragedy / Mother Mary", Unapologetic (2012)

Uns acham-no entediante. Eu considero que é o grande momento de Unapologetic e um dos melhores temas da sua carreira. Uma vez mais, a relação com Chris Brown é a temática central, mas há aqui uma crueza emocional de que o assunto nunca padeceu. Recuperam influências dos The Police e Madonna, respectivamente: "Love Without Tragedy" é fugaz mas marcante, enquanto "Mother Mary" deixa a nu uma alma arrependida. Bonito e honestamente brutal.


2º "Breakin' Dishes", Good Girl Gone Bad (2007)
Em 2007 ainda ninguém acreditava que Rihanna viria a ser uma bad bad girl, mas o certo é que residem aqui os primeiros indícios do que viria a acontecer: em "Breakin' Dishes" ela parte, literalmente, a loiça toda. Ainda hoje muitos são aqueles que a condenam por não ter lançado isto como single (e em vez disso mandava "Take a Bow" às urtigas). Quem sabe onde teria chegado...


1º "Cold Case Love", Rated R (2009)

Entre tantos temas, é-me difícil escolher o melhor tesouro escondido da sua carreira. Por isso, optei pelo álbum que mais gosto e pela canção que me deixou, pela primeira vez, assombrado em relação a ela. Justin Timberlake tem créditos na letra e na produção, mas é o seu carácter honesto, subtil e a estrutura em crescendo que me fascinam.


Chegámos ao fim desta breve mas pertinente viagem pelos melhores temas desconhecidos da carreira de Rihanna. É tempo das conclusões:
1- Se tivesse que fazer um top dos seus 7 álbuns, a ordem seria a seguinte: 1º-Rated R; 2º-Good Girl Gone Bad; 3º-Unapologetic; 4º-Loud, 5º-Talk That Talk; 6º-A Girl Like Me; 7º-Music of the Sun.
2- Já aqui o referi várias vezes: Rihanna é uma máquina (e não no bom sentido) e grande parte do seu sucesso deve-se à excelente equipa que tem por trás. Os produtores com quem trabalha contribuem muito para isso e as suas escolhas têm sido bastante inteligentes: contornam o óbvio e pautam-se por resultados excitantes. Na hora crítica, são eles quem sabe extrair o melhor de Rihanna.
3- Todos têm direito a não gostar da música que faz, mas não têm o direito de afirmar que tudo aquilo que faz é genérico e soa sempre ao mesmo, principalmente quando não conhecem a sua discografia a fundo. Não basta ouvir os singles para formar uma opinião acerca dela, é preciso escutar os álbuns. Espero, portanto, ter conseguido mudar algumas mentalidades.
4- Há 8 anos a virar frangos ininterruptamente, começa a ser penoso suportá-la, até para quem gosta da maioria das suas músicas (presente!). Recomendo-lhe vivamente um descanso prolongado, de preferência com regresso marcado para 2015, se possível, a tempo de comemorar os 10 anos de carreira.
E está tudo dito. Coloco um ponto final em mais uma aventura, desejando que tenham gostado das escolhas e percebido que Rihanna é mais do que aparenta.

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