O que esperar da nova era de Taylor Swift


A contagem decrescente começou há cerca de duas semanas no site oficial da cantora e termina já esta sexta, dia 26, com aquilo que se prevê que seja o lançamento de um novo single e o anúncio do seu sétimo álbum. Isso ou então Taylor Swift está mesmo muito entusiasmada com a estreia de Endgame, o capítulo final de Avengers, inspirado - claro está - no seu single com Ed Sheeran e Future.

As informações são escassas, mas há uma série de coisas que podemos antecipar em torno desta nova era:

1) Adeus emojis de cobras, bem-vindo de volta sonho encantado

Basta passarmos pelo instagram de Tay Tay para nos depararmos com uma série de pistas que poderão indicar o tom do novo álbum. Existem motivos de corações, folhos de vestidos, lantejoulas, purpurinas e uma recorrente paleta de azul e rosa claros espelhados ao longo do mural. Se por um lado é um tanto assustador pensar que Swift retrocedeu à adolescência e às páginas de "Love Story", por outro a passagem para uma atmosfera mais leve e encantatória é uma agradável mudança de tom face à carga mais densa e obscura de Reputation.


2) Não descartemos um regresso às origens

Este será o primeiro álbum da cantora numa nova casa. Depois de 12 anos na Big Machine, Taylor assinou em Novembro último um novo contrato com a Universal, passando a editar futuros lançamentos sob o selo da subsidiária Republic Records. Ora, que sentido faz voltar à country agora que joga numa das maiores editoras mundiais? Talvez não seja assim tão descabido, porque o género ainda é um dos que move mais dinheiro na indústria norte-americana e em especial os fãs aguardam ansiosamente por mais canções da lavra de "White Horse", "Mean" ou "Begin Again". E seria de pensar que depois de dois discos consecutivos a experimentar com a pop, há vontade e liberdade para retornar às origens.

3) A música está agora no centro da narrativa

Possivelmente ainda não o constataram, mas esta será a primeira vez no percurso de Taylor Swift, à excepção da estreia, em que a vida pessoal não interfere de forma alguma com a música. E isto em parte é conseguido pelo blackout mediático a que se sujeitou ao longo da era de Reputation, com a sua actividade social reduzida a mínimos. Sim, sabemos que mantém um relacionamento discreto com Joe Alwyn e que a sua opinião acerca de Kanye e Kim não se alterou, mas não é isso que a tem mantido à tona na esfera pública, apenas a música e projectos paralelos que tem assinado desde então. Em 2019, o valor de Taylor resumir-se-à apenas à sua arte - e isso só podem ser boas notícias.


4) Colaboradores e data de edição

Ok, aqui estamos mesmo no domínio da suposição, mas vale a pena o exercício. Já era conhecida a vontade de Taylor em editar um novo álbum antes da chegada aos 30, que acontece em Dezembro próximo. Ora, não é que isso nos elucide muito quanto à possível data de edição, mas basta deduzirmos que se o final de Abril marca o início da campanha promocional, Junho (possível, mas arriscado) Julho (o mais plausível) e Agosto (pouco provável, mas ainda possível) assumem-se como os principais candidatos. Seja qual for a opção escolhida, este será o disco de Swift lançado com menor tempo de intervalo. 

Quanto a potenciais parceiros, poderá ser altura de convidar novos nomes - e aí Frank Dukes, Louis Bell, Andrew Watt, Ilya ou Benny Blanco entram em cena - e deixar os habituais Max Martin, Shellback, Ali Payami, Jack Antonoff ou Greg Kurstin a descansar. 

5) Entre Taylor e os regressos iminentes de Beyoncé, Rihanna e Adele, alguém vai perder

Existe uma forte possibilidade de vermos estes quatro nomes a editar novos álbuns com poucos meses de diferença. Se Taylor já declarou a Primavera/Verão e com Adele a assumir, muito provavelmente, o controlo do último trimestre, resta a Beyoncé e Rihanna lançarem os seus projectos algures pelo meio. Ora, a perspectiva de tamanha reunião de astros é efectivamente excitante, mas a presença em simultâneo acabará por ofuscar o impacto de uma ou várias. E aqui é Taylor quem tem mais a perder, pois foi quem esteve menos tempo em pousio: Reputation data de 2017, enquanto os últimos álbuns de Bey e Rih datam de 2016, e o de Adele de 2015. Mas para muitos o último disco não teve a expressão dos anteriores, por isso um retorno à velha e boa forma poderá jogar muito a seu favor.


6) Até ao infinito e mais além

Se há algo que 14 anos de actividade profissional de Taylor Swift nos ensinaram, é que nunca devemos duvidar da força que é a sua gigantesca base de fãs - são eles que a fazem mover desde o primeiro dia, sendo parte integrante do fenómeno. Os seus últimos quatro álbuns venderam mais de um milhão de cópias só nos EUA na primeira semana - feito inédito para qualquer artista - e a tendência tem sido a de aumentar a fasquia de disco para disco. De 1989 para Reputation houve apenas uma quebra de 70 mil cópias, e isto a operar no mínimo das suas capacidades promocionais. Se a nova era assinalar, como se espera, um regresso ao circuito tradicional de esforços de marketing, Swift poderá muito bem conquistar um novo máximo de carreira.

                                                             taylor swift iheartradio music awards 2019 GIF by iHeartRadio

Estamos todos a postos para a receber de volta e ansiosos por perceber o nos reserva o próximo capítulo de Taylor. Atinge-nos, Swiftmania, uma vez mais.

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