Paramore, 374 dias depois- Parte II

4- Daydreaming

A dream is all I have...

O sonho é uma temática recorrente ao longo deste álbum. É ele que comanda a vida e obra dos Paramore enquanto trio e grupo de indivíduos que precisaram de deitar uma série de assuntos para trás das costas de modo a continuar a fazer aquilo que mais gostam. E julgo que este tema - que faz uma vénia à dream pop cultivada nos anos 90 via Smashing Pumpkins - surge na sequência disso mesmo: para que não se esqueçam de que foi a sua capacidade de sonhar que os levou até aqui e impediu que se desmoronassem quando tudo ruía à sua volta. "Daydreaming", dedicada a todos os que sonham noite e dia, sem cessar.

Daydreaming/ Daydreaming all the time
Daydreamer/ We used to be half alive
Now I'm alright



5- Interlude: Moving On

Well I could be angry
but you're not worth the fight

As surpresas surgem a cada esquina, mas nada se compara ao momento em que ouvimos o primeiro de três interlúdios dominados por um singelo ukulele, que contam diferentes fases de uma mesma história, aquela mesmo que vocês estão a pensar: a forma como a banda lidou com os eventos que ocorreram após a tumultuosa saída dos irmãos Farro. Porventura este é o interlúdio mais interessante, talvez pela surpresa, e também o mais rancoroso, com Hayley a adquirir uma postura distante de "estou nem aí". 

And besides I'm moving on



6- Ain't It Fun

Ain't it fun living in the real world
Ain't it good being all alone

Macacos me mordam se esta não é a melhor canção alguma vez feita pelos Paramore. Soube-o logo no primeiro dia em que a ouvi e continuo a senti-lo 1 ano e 2 semanas depois - o momento em que caem por terra os rótulos, as limitações e as inibições em fazer algo novo, completamente diferente do que tinham mostrado até então. E conseguiram-no graças a uma deliciosa infusão de funk, rock, soul e gospel (um aleluia para o coro!) com letra mordaz que versa sobre alguém que só agora despertou para a realidade pura e dura. Há que admirar a sua bravura, audácia e apelo irresistível.

Don't go crying to your mama 'cause you're on your own in the real world



7- Part II

I question every human who won't look in my eyes

Se há canção que faz ponte com o passado da banda é esta "Part II", que tal como o nome indica, trata-se de uma sequela para "Let the Flames Begin", tema pertencente a Riot! (2007), que adquire contornos bem mais obscuros que a primogénita. É o regresso das guitarras em força, agitadas e com picos de tensão, fazendo lembrar a tempos "Decode". Já o final atmosférico traz-me à memória o repertório dos 30 Seconds To Mars. Eis a busca da redenção, segundo os Paramore.

I'll be lost until you come and find me here
Oh, glory



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