10 Anos de Into the Music em 10 Actuações de Ídolos
O maior fenómeno televisivo em matéria de talent-shows em Portugal, e os seus protagonistas:
1º Diana Piedade- "Whole Lotta Love" (Ídolos 2009)- #pqp, esta tem que ser a performance mais colossal jamais vista num concurso de talentos português. Em pleno pico da Ídolomania, permitia-se cantar Led Zeppelin no horário nobre da TV e tínhamos chegado ao ponto em que cada actuação era, mais do que um evento, um mini-concerto do caraças. Eis a melhor concorrente da história do formato a transformar-se num monstro de sete cabeças e a canalizar um qualquer deus do Olimpo.
2º Diogo Piçarra- "The Whole of the Moon" (Ídolos 2012)- Não é fantástico quando um programa nos dá a conhecer temas incríveis recuperados ao fundo do baú? "The Whole of the Moon" é o Diogo a reluzir em palco como nunca antes e a mostrar-nos o sentido da vida em dois minutos.
3º Filipe Pinto- "Lithium" (Ídolos 2009)- Enquanto a Diana se lançava num voo picado a Led Zeppelin, o Filipe contra-atacava com o poderio grunge dos Nirvana, naquilo que mais do que um duelo de titãs se tornou num duelo geracional e de tribos. Noite histórica para a televisão portuguesa.
4º Diogo Piçarra- "Skinny Love" (Ídolos 2012)- Numa actuação arrebatadora que teve mais de Birdy do que Bon Iver, o Diogo transformou-se a olhos vistos e tornou-se no óbvio vencedor da quinta edição. Ainda assim ficaria em risco de sair, o que foi de partir o coração.
5º Teresa Queirós- "Telepatia" (Ídolos 2012)- Possivelmente a melhor voz feminina das seis edições. Pena que tenha operado quase sempre abaixo das suas potencialidades, excepção feita a esta imaculada interpretação do clássico maior de Lara Li. Actuação belíssima e intemporal.
6º Diana Piedade- "E Depois do Adeus" (Ídolos 2009)- E de repente a rockeira lá do sítio galgava uns quantos pontos no ranking para a vitória com uma aclamada versão ao piano do tema que se tornou numa das senhas da revolução do 25 de Abril. Todos de mão no peito.
7º Filipe Pinto- "Ouvi Dizer" (Ídolos 2009)- Como um rapaz se fez lenda ou como uma geração redescobre o legado dos Ornatos Violeta, permitindo que o fenómeno nasça outra vez. Haverá propósito maior para um programa de talentos?
8º Carolina Deslandes- "Angel" (Ídolos 2010)- Esta canção já leva inúmeras recriações em concursos do género, mas a versão da Carolina continua a ser a mais especial. Pelo timbre, pelo intimismo gerado, pela emoção à flor da pele e por ter permitido que fosse imperfeita. Inesquecível.
9º Catarina Boto- "Sweet Dreams" (Ídolos 2009)- Como esquecer a primeira vez em que a versão ao vivo de "Sweet Dreams" de I Am... Yours foi interpretada na televisão portuguesa? O verdadeiro despontar de uma estrela que deveria ter chegado ao top 3.
10º Sara Martins- "A Pele Que Há em Mim" (Ídolos 2015)- Da edição em que a língua portuguesa esteve muito bem representada, graças a actuações soberbas como esta. A dicção, a gestão dos silêncios, a sensibilidade da interpretação, a cenografia... que sonho.
O Ídolos é o meu talent show favorito de todos os tempos. Acompanhei no blogue com fervor as suas últimas quatro edições (longe de serem os meus melhores textos, na verdade), e o certo é que continua a ser o formato da televisão portuguesa que mais talentos revelou ao mundo. Obrigado aos ilustres da lista, assim como aos demais concorrentes, por inúmeros momentos de bom entretenimento.
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