Sons Frescos #43
As bátegas e rajadas fortes transportam hinos dos bons:
1) Astrid S- "Emotion"- Did you forget that I've got a thing called emotion? Poderosíssimo regresso para a norueguesa Astrid Smeplass, naquele que é o primeiro inédito que nos mostra este ano: pop nostálgica incrivelmente esquadrinhada por Ali Payami, que lembra a tempos uma qualquer reconstrução synth de "Sorry Seems To Be The Hardest Word" de Elton John.
2) Dua Lipa & Blackpink- "Kiss and Make Up"- Seria de pensar que Dua Lipa tivesse esgotado as surpresas para 2018, não? A propósito da reedição do álbum de estreia nasce "Kiss and Make Up", convidativa aliança bilingue com a maior girlsband K-pop da actualidade, que toca em elementos de dancehall, pop e eurodance - pode ser uma das surpresas do último trimestre do ano.
3) Zara Larsson- "Ruin My Life"- O que Zara Larsson precisava mesmo para selar o seu domínio internacional era de um banger dos sete costados. Em vez disso o primeiro avanço do seu terceiro álbum apresenta-se como um bop emocional de revestimento pop/R&B com assinatura do colectivo The Monsters and the Strangerz, a versar sobre uma relação tóxica e desenrolando-se em emocionantes crescendos vocais. Terá que servir.
4) The 1975- "It's Not Living (If It's Not With You)"- Quantas vidas cabem nesta rapaziada, mesmo? Vamos no quinto avanço promocional de A Brief Inquiry into Online Relationships, mas nem por isso o grupo acusa cansaço: "It's Not Living" recaptura a ambiência pop de "The Sound" e melodias 80s à la "Heaven Is a Place on Earth" de Belinda Carlisle. Apesar da atmosfera upbeat, os versos descrevem a luta do vocalista contra as drogas. Lá se vai o romance.
5) Little Mix feat. Nicki Minaj- "Woman Like Me"- Chegadas ao álbum nº5, é ponto assente que as Little Mix deviam ser bem maiores nos EUA. Não as censuremos então por deixarem um pouco o seu som característico de lado em prol de uma solarenga composição reggae/R&B a viver na sombra de "Side to Side" e a duplicar as suas chances com um featuring de Nicki Minaj. Não as desvirtua, mas será preciso mais do que isto.
6) Friendly Fires- "Heaven Let Me In"- Devagar, devagarinho, os Friendly Fires vão pavimentando o seu regresso. Depois de "Love Like Waves" os ter arrancado da hibernação, é tempo de injectar cor ao Outono com a toada eufórica de "Heaven Let Me In", mui recomendável construção disco-dreamy a recuperar fortemente heranças de George Michael - e a tornar a espera pelo terceiro de originais da banda muito mais emocionante.
7) Paloma Faith- "Loyal"- Com The Architect prestes a comemorar um ano de vida, Paloma Faith atribui-lhe um novo fôlego com uma reedição a que designou Zeitgeist Edition, composta por seis novos temas onde milita à cabeceira este "Loyal", poderoso portento pop/soul acerca de problemas conjugais, a canalizar a toada emocional de "Only Love Can Hurt Like This".
8) Sia- "I'm Still Here"- Em 2018 já houve música de Sia para bandas-sonoras, para terceiros, para colaborações e para os LSD, onde milita com Labrinth e Diplo. O inédito "I'm Still Here" foi desenhado a preceito para a sua nova linha de sapatos em colaboração com a Repetto e é mais uma fornada de pop inspiracional traçada com Greg Kurstin: já foi feita e refeita vezes sem conta, mas de alguma forma continua a resultar.
9) Billie Eilish- "When the Party's Over"- Depois de uma pequena trepidação na imaculada campanha de singles, Billie volta aos patamares de gigante a que nos habitou com a assombrosa "When the Party's Over", construída em torno de murmúrios celestiais, piano sereno e de uma voz fantasmagórica que raramente se eleva acima de um sussurro para cantar acerca do final de um relacionamento. Trabalho de excepção do seu irmão Finneas, como de costume.
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