Expectativas para o Alive'14


O calendário não engana e a tradição ainda é o que era: estamos em plena semana de Optimus Alive - se bem que para todos os efeitos passou a ser NOS Alive - o festival mais badalado da temporada estival que em 2014 se volta a erguer, pelo 8º ano consecutivo, junto ao Passeio Maritimo de Algés.

Depois de ter marcado presença, pela primeira vez, na edição do ano passado, e de ter vivido um dos melhores dias da minha existência, não pude deixar passar a oportunidade de poder voltar a sentir o mesmo este ano. Tanto que pretendia comprar o passe de 3 dias, não fosse este ter esgotado uns míseros 5 dias antes de me ter decidido a fazê-lo. Só não me caiu tudo aos pés porque, felizmente para mim, o que me movia não eram necessariamente os primatas do ártico. São aliciantes, claro, mas o que eu queria mesmo mesmo era assistir aos concertos do dia 12. E assim será. Mas já lá iremos.

No dia 10, não perderia Arctic Monkeys (se bem que estão cá quase todos os anos, por isso mais dia menos dia, eu caço os bandidos), Kelis (tanto que ela evoluiu desde os dias do batido pouco inocente), Noiserv e humm... talvez Ben Howard, para sentir o pulso ao rapaz. Também daria uma oportunidade aos The Lumineers, só para ver se são mais do que um one-hit-wonder.

No dia 11 o grande atractivo para mim seria Sam Smith, se bem que temo que a malta saia do concerto lavada em lágrimas, tendo em conta a magnitude emocional do reportório do jovem. Também não diria que não às actuações de Buraka Som Sistema (vai ser tudo a comer pó), The Black Keys (não conheço é assim tão bem o catálogo deles quanto gostaria), For Pete Sake (prevejo um concerto-revelação à Brass Wires Orchestra na edição de 2013), SBTRKT, Caribou e Diplo (um trio de talentosos indivíduos da electrónica que me fariam soar as estopinhas).

Mas é o dia 12 que mais puxa por mim, e é - quem não me conheça que me compre - tudo graças a estas duas bandas:


Os Foster the People eram precisamente a banda que eu mais queria ver ao vivo em 2014, e são, possivelmente, o meu grupo favorito surgido nesta década. Torches é um dos álbuns da minha vida e o recente Supermodel para lá caminha - vê-los ao vivo será, por isso, um sonho tornado realidade. Estou muito expectante para ver como irão transpôr as canções do último álbum ao vivo e mais do que apto para cantarolar efusivamente hinos como "Houdini", "Call It What You Want" ou este esquizóide "Helena Beat". Só espero é não ser o único tontinho aos saltos, já que tenho a sensação que o povo português não é lá muito dado a fosterices.



Já os Bastille proporcionam o combo perfeito, na medida em que considero o álbum de estreia deles tão cativante quanto o dos Foster. Só ainda não percebi bem se poderão vir a tornar-se tão especiais quanto eles, algo que o segundo disco se encarregará de mostrar. Apesar do reportório limitado, aposto que darão um concerto estupendo, sem momentos mortos. E se os houver, as inúmeras covers que apresentam ao vivo (uma aposta que "No Angels" não vai faltar?) evitarão que tal aconteça. Julgo que a tenda Heineken proporcionaria um melhor habitat para a sua música, mas a perspectiva de ouvir "Laura Palmer", "Bad Blood", o incontornável "Pompeii" ou este maravilhoso "Flaws" com o sol a esconder-se no horizonte, também me parece bastante atractivo.



O maior problema será mesmo o horário atribuído aos vários concertos nos diversos palcos, que me impossibilitará de ver tudo aquilo que desejaria. Por exemplo, vai-me ser humanamente impossível assistir aos Unknown Mortal Orchestra ou ao concerto completo de SOHN que, para piorar, é à mesma hora dos The War on Drugs. E talvez opte pelo produtor britânico, nem que seja pelo facto de nunca ter entrado no recinto do Clubbing. Se as dores nos pés assim o permitirem e o cansaço ainda não tiver levado a melhor, talvez espreite Daughter e Chet Faker ou até mesmo o colectivo Jungle. Para Nicolas Jaar já não haverá força, infelizmente.


E são estas as expectativas. Talvez por já saber o que me espera, não me sinta tão ansioso como no ano passado. Ou talvez porque já perdi tantos e bons concertos este ano - nem vou referir quais se não desato já aqui num pranto - e sinta que já deveria ir no meu 34º concerto, quando será apenas o primeiro (tecnicamente seria o segundo, mas eu nem estou a contar com o desastre que foi o NOS em palco).

O importante é que sei que me vou divertir à brava e trazer de lá memórias únicas que terão lugar cativo nas melhores recordações da minha vida. E por muitos concertos a que possa ir, nenhum o consegue fazer da mesma forma que o Alive. Se o vosso destino for idêntico, vemo-nos por lá, caso contrário, aguardem pela minha reportagem.

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