Já ouviram falar do Tradiio?

Correndo o risco de cometer alguma heresia ao tentar explicar tão magnífica invenção, deixo-vos um vídeo tutorial que descreve de forma sucinta em que consiste o Tradiio:



E é isto. Basicamente, todos ficam contentes: utilizadores, artistas e editoras. Sem me querer alongar muito mais acerca das suas potencialidades - deixo isso para quem de direito - prefiro contar-vos a minha experiência com a plataforma.

Ora bem, tive conhecimento da sua existência em meados de Maio, mês em que foi lançada, graças a um blog que visito regularmente e que tem uma queda especial para falar destes assuntos ligados à indústria da música (deixo o nome para o final, caso contrário fico a falar para o boneco). Li, fiquei deveras entusiasmado e corri logo a registar-me, comportamento nada típico da minha pessoa, ou não fosse eu um rapaz muito ponderado nas minhas decisões (basta ver pelo caso do Spotify, a que só aderi a Janeiro deste ano).

Cheguei, tirei-lhe as medidas e, com 5000 créditos virtuais a acenarem-me, apostei logo em duas canções - "Can't You See Me" (Salto) e "I Was Trying to Sleep When Everyone Woke Up" (Noiserv) - ainda sem saber muito bem como aquilo se iria processar. Jeito para apostas nunca tive, mas se há coisa que não me falta é sensibilidade para farejar um potencial hit. Na verdade, foi isso mesmo que me levou a aderir ao Tradiio.

Estaria a ser hipócrita se dissesse que fui movido apenas pela possibilidade de descobrir a nova música portuguesa. Lá no fundo também estava à espera de encontrar os belos dos futuros hits das tabelas internacionais - what's a boy like me gonna do, right? - e por isso fiquei um bocadinho desiludido. Mas só um bocadinho. Pois rapidamente descobri os encantos do Tradiio enquanto plataforma capaz de reconverter almas descrentes e apaixonar outras tantas.

Num abrir e fechar de olhos dei por mim a ir lá todos os dias. Aliás, a própria mecânica do jogo assim o exige: as músicas valorizam e desvalorizam de hora em hora como uma autêntica bolsa de valores. O lema parece ser: investigar-apostar-ter fé-esperar-vender no momento certo. E isto é um processo cíclico passível de ser repetido diariamente, para quem tenha disponibilidade, paciência e não desista perante os falhanços que à partida serão em maior número (muito maior mesmo) do que os sucessos. Mas, hey, quem não estiver para levar com sucessivos desgostos, pode sempre limitar-se a ouvir a extensa playlist do site - não encontrarão lá um Pedro Abrunhosa ou uma Ana Moura, mas imensos artistas independentes e outros que roçam, digamos, as esferas menos centrais do mainstream.

Longe de ser um viciado - até porque tenho este meu grande projecto de vida para alimentar - aposto no Tradiio a um ritmo constante, exploro aquilo até ao tutano e acumulo pontos negativos (não é falta de jeito, acreditem, experimentem e depois verão o quão difícil é), mas nada disso me demove perante a possibilidade de ajudar os artistas de que gosto e de descobrir novos talentos que de outra forma nunca chegariam até mim, como é o caso dos First Breath After Coma, Lionskin, Memória de Peixe e Bella Máfia (ao que parece, os campeões lá do sítio).

Não perdem nada em experimentar o Tradiio - é gratuito, divertido (e vá, por vezes ligeiramente frustrante também) e poderá mudar vidas ou, pelo menos, fazer-vos ver a música portuguesa de uma outra perspectiva. Cliquem aqui e deixem a magia acontecer.

PS: Aproveitem e visitem também o Ouve-se, o blog de que vos falava no início do post. 



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