Into the Music Awards 2010-2019: Melhor Vídeo


O que separa um vídeo fantástico de um vídeo icónico é a sua capacidade de rasgar o ar e moldar tudo em seu redor. Aconteceu com Kendrick Lamar quando "Alright" se tornou no hino de protesto do movimento Black Lives Matter potenciado pela cinematografia de Colin Tilley; quando Rihanna deu vida à história da vez em que o seu contabilista a desfalcou na trama de crime, sangue e insanidade de "Bitch Better Have My Money"; quando a intrincada dança interpretativa da pequena Maddie Ziegler em "Chandelier" de Sia levou a que o mainstream perdesse a vergonha em manifestar estados de alma através do corpo; quando Beyoncé reclamou a sua herança identitária e bradou o seu apoio à comunidade afro-americana em "Formation"; ou quando Katy Perry fez a melhor comédia de adolescentes do Verão'11 com "Last Friday Night (T.G.I.F.)".

Da mesma forma, Taylor Swift fez parar a internet quando fez tombar de uma só vez em "Look What You Made Me Do" a montanha de detractores que a perseguia sem cessar; Dua Lipa tornou-se numa estrela planetária com um "New Rules" erguido em torno da aliança feminina como se de um anúncio da Benetton se tratasse; Lady Gaga e Beyoncé conseguiram devolver aos videoclips o cunho de evento da cultura pop com a alucinante e ambiciosa narrativa de "Telephone"; Florence and the Machine chegou ao Olimpo com "The Odyssey", a epopeia audiovisual de 47 minutos em que decidiu transformar o seu terceiro álbum de estúdio, assistida por Vincent Haycock; e Rihanna, novamente, pintou a aguarela mais assombrosa do amor tóxico, louco e jovem num "We Found Love" que está para a música dos anos 10 como Trainspotting esteve para o cinema na década de 90.

Reclinem-se nos vossos encostos, que a sessão promete:

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