12 canções essenciais de James Bond


Em contagem decrescente para a revelação de "Writing's on the Wall", o tema interpretado por Sam Smith que servirá de estandarte a Spectre - 24º capítulo da saga Bond a chegar no final de Outubro - porque não revisitarmos algumas das melhores propostas musicais que a saga do agente secreto mais famoso do mundo nos deu ao longo dos seus 53 anos de história? 

Com direito a ranking e comentários:



1º Shirley Bassey- "Goldfinger" (1964)- São os representantes máximos da história musical da saga. Dame Bassey, aqui numa interpretação ao vivo de 1968, magnetiza as atenções pela força dos gestos e da dramatização, das palavras (haverá algo mais gangsta do que entoar gooollld fingaaahh?) e da interpretação gutural. Todas as vénias do mundo serão poucas. 

2º Paul McCartney & Wings- "Live and Let Die" (1973)- Medalha de prata para um dos maiores trabalhos a solo da carreira pós-Beatles de Sir Paul McCartney, aqui na companhia dos seus Wings. A progressão rítmica, o arranjo orquestral de George Martin e as nuances melódicas são espantosos. Foi a primeira Bond song a ser nomeada para Melhor Canção Original nos Grammys. 

3º Tom Jones- "Thunderball" (1965)- Esta para mim também foi uma surpresa. Desconhecia por completo que o senhor de "Sex Bomb" havia emprestado a sua voz a um filme de James Bond, mas ei-lo já com swing na anca, munido de um "strike" selvagem e a tornar-se no segundo galês a dar voz à canção principal do filme. Aquela nota final vale pela vida. 

4º Shirley Bassey- "Diamonds Are Forever" (1971)- Sete anos decorridos da primeira aparição, Dame Shirley Bassey voltava a interpretar a canção principal do filme homónimo que contou pela última vez com Sean Connery no papel de 007. Não deixa de ser curioso que uma saga tão máscula e algo misógina tenha recebido aqui um enorme hino de auto-afirmação feminina. 

5º Adele- "Skyfall" (2012)- Em ano de comemoração das 5 décadas do lançamento de Dr. No, o primeiro filme da saga, coube a Adele a tarefa de interpretar o tema principal daquele que se tornaria o capítulo mais rentável de sempre de 007. Ela que estava no topo do mundo com um álbum de vendas milionárias e que conseguiu honrar a aura das composições e interpretações inaugurais da saga. Seria a primeira Bond Song a ganhar um Óscar, um BRIT Award e um Globo de Ouro. 

6º Sheryl Crow- "Tomorrow Never Dies" (1997)- Reza a história que os Pulp, The Cardigans, Saint Etienne ou k.d. lang estavam na corrida para dar voz à canção maior do segundo filme da saga protagonizado por Pierce Brosnan, mas a autora de "All I Wanna Do" acabou por ser a escolhida, ainda que tenha recebido forte aclamação negativa por parte da crítica. Eu cá acho-a muito boa (consegue ser insinuante, letal e levemente agonizante) e surpreendente vinda de quem vem. 

7º Nancy Sinatra- "You Only Live Twice" (1967)- Tempo para mais uma interpretação clássica e memorável da voz que um ano antes havia popularizado "These Boots Are Made for Walkin'". "You Only Live Twice" fica imortalizado sobretudo pela belíssima secção de violinos que reconhecemos por terem sido samplados em "Millennium" de Robbie Williams. 

8º Gladys Knight- "Licence to Kill" (1989)- Encaro "GoldenEye" como a versão evolutiva deste "Licence to Kill" mergulhado na melhor tradição soul/R&B norte-americana dos anos 80. E será sempre o mais perto que teremos de Whitney Houston enquanto intéprete principal (só não percebo o fatinho da senhora). Consta que a secção de sopro do tema é adaptada de "Goldfinger". 

9º Tina Turner- "GoldenEye" (1995)- Tina Turner deveria ter chegado pelo menos uns 20 anos antes ao universo de James Bond (talvez andasse ocupada com Mad Max), mas quando chegou o seu momento fez questão de torná-lo memorável. "GoldenEye" tem autores improváveis: foi escrita por Bono e The Edge e criada por Nellee Hooper, colaborador de Massive Attack ou Björk. Tão bem que resultou.

10º Duran Duran- "A View to a Kill" (1985)- É capaz de ser a canção mais anti-Bond de sempre, tão caricata na sua estrutura new wave e com um refrão pop maior que a vida. Tornar-se-ia na primeira (e única) canção da saga a atingir o nº1 da Billboard Hot 100 e num dos êxitos de assinatura da carreira do grupo inglês que perdura até aos dias de hoje. Props para o vídeo tão esforçado e para aqueles penteados mai lindos. 

11º Madonna- "Die Another Day" (2002)- Outro casamento que não se percebe como não aconteceu mais cedo. A inclusão de uma Madonna em modo electro-vamp terá sido mesmo o factor mais interessante de uma saga com um Pierce Brosnan-a-pedir-reforma à cabeçeira. O vídeo que ilustra a canção entrou para a história como o segundo mais dispendioso de sempre, apenas atrás de "Scream" dos manos Michael e Janet. 

12º Garbage- "The World Is Not Enough" (1999)- A chegada dos Garbage à instituição Bond é algo inesperada, mas a banda cumpre bem o papel de anfitriã no derradeiro filme da saga antes do virar do milénio que recebeu uma canção interessante em tons trip hop sinfónico e um vídeo tão bem engendrado.

Conseguirá Sam Smith entrar para o hall of fame de 007? Tudo será revelado na próxima sexta-feira.

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