Magnífico Material Desconhecido #119

fevereiro 19, 2014

Magnífico Material Desconhecido #119

Max Frost

O look é de estrela pop e o olhar parece embuído de confiança e determinação, o tipo de expressão que só se encontra em tipos ou muito arrogantes ou tremendamente geniais que não têm culpa de ter nascido dotados e por essa mesma razão não disfarçam com falsa modéstia o que está à vista de todos.

E penso eu de que Max Frost, norte-americano de 21 anos, pende mais para a 2ª opção, ainda que não esteja totalmente livre de ocasionais manifestações de arrogância. Muito deduzo eu a partir de uma simples foto, pensam vocês. Ah-ah! mas acontece que eu já escutei o rapaz e vocês não. E o que encontrei deixou-me bastante intrigado.

Vejamos: tem raízes na pop, de facto. Mas depois acresce-lhe uma pitada de blues na forma como canta e uma secção rítmica comum ao hip hop e funk, aliada a uma estética lo-fi (distorção propositada do som) e hi-fi (máxima qualidade do som) que incorpora com astúcia numa sonoridade que tem tanto de retro como moderna.

Natural de Austin, Texas, Max Frost iniciou o seu percurso musical aos 12 anos, tocando em pequenos concertos locais. Aos 17 desistiu da carreira de guitarrista para enveredar por uma carreira a solo, não sem antes continuar o seu percurso académico, entrando na faculdade, apenas para vir a desistir mais tarde, percebendo que o seu destino não passava por ali. O chamamento da música era mais forte.

Aos 21 assinou contrato com a Atlantic Records e em Outubro passado editou o seu EP de estreia - Low High Low - que deve o seu nome aos altos e baixos da vida, mas que faz alusão também ao já referido processo de gravação que combina o hi e lo-fi. Para a Primavera espera-se a edição do seu álbum de estreia, mas por enquanto ainda é o EP quem mais ordena.

"White Lies", Low High Low EP